Parceria de Portugal com a China é ‘espectacular’

O vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas, considerou hoje “absolutamente espectacular” o desenvolvimento das relações luso-chinesas, salientando que, “fora da União Europeia, a China está entre os três principais clientes de Portugal”.

“os resultados da nossa parceria estratégica com a china são absolutamente espectaculares. na última década, a china subiu 18 lugares na lista dos principais clientes de portugal”, disse paulo portas num encontro com a comunidade portuguesa de macau.

evocando a recente entrada de duas grandes empresas estatais chinesas no capital da edp e da ren, paulo portas afirmou que o seu governo “tenciona continuar a abrir a economia portuguesa ao investimento nacional e estrangeiro” e que “o investimento vindo da república popular da china é bem-vindo”.

“o mais antigo país da união europeia com fronteiras estáveis mostrou que é possível uma empresa ganhar uma privatização desde que apresente a melhor proposta” e “as instituições portuguesas não esquecerão que a china investiu em portugal num período difícil”, disse.

o vice-primeiro-ministro português chegou a macau hoje à noite (hora local) para participar na iv reunião do fórum para cooperação económica e comercial china-países de língua portuguesa, também conhecido como fórum macau”, que decorrerá na terça e quarta-feira sob o lema “novo ciclo, novas oportunidades”.

com a criação do fórum macau, em 2003, “a china reconheceu a importância da lusofonia no concerto das nações do século xxi e os países lusófonos, cada um à sua maneira, reconheceram a importância inelutável da china na construção de uma nova ordem económica e política internacionais”, afirmou paulo portas.

a lusofonia é “um bloco cultural em ascensão” e “sobretudo na américa latina e em áfrica, o crescimento demográfico dos povos que falam português é exponencial”, realçou o vice-primeiro-ministro português.

na sua estada em macau, até terça-feira à tarde, paulo portas vai também encontrar-se com um vice-primeiro-ministro e com o ministro do comércio da china, wang yang e gao hucheng, respectivamente.

lusa/sol