Pareceres à vontade do freguês

Ao ler a notícia de que distintos juristas emitiram pareceres a atestar que o emprego dado pela Ongoing ao funcionário dos Serviços de Informações do Estado que lhe forneceu relatórios secretos para combater uma empresa rival não pode ser considerado suborno, lembrei-me de uma velha história.

Era assim: uma pessoa ia ter com um jurista eminente, a pedir um parecer. Ao que o jurista quis esclarecer, como ponto prévio: «Mas qual é a posição que pretende que eu defenda?».

Aprendi depois com a vida que este ponto prévio é posto por praticamente todos os juristas, sobretudo pelos de maior nomeada, afinal os mais requisitados.