por seu lado, o antigo embaixador líbio junto da liga de estados árabes no cairo, abdel-moneim al-houni, que no domingo renunciou ao seu posto, fez uma declaração a pedir que kadhafi «tal como como os seus assessores, comandantes militares e de segurança, seja julgado por assassinatos em massa na líbia». o regime de kadhafi «está agora no lixo da história porque ele traiu a sua nação e o seu povo», acrescentou.
trípoli está maioritariamente parada, com escolas, repartições públicas e a maioria das lojas fechadas, enquanto membros de organizações pró-governamentais – os ‘comités revolucionários’ – circulam pelas ruas à procura de manifestantes, disse fathi, um dos revoltosos.
entretanto, a segunda maior cidade do país, bengasi, foi tomada pelos manifestantes. a fragmentação da líbia – uma das questões levantadas pelo filho de muammar kadhafi no seu discurso – é um perigo real num país com profundas divisões tribais e uma rivalidade histórica entre tripoli e bengasi. sendo o mais velho líder do mundo árabe, kadhafi tinha conseguido manter um pulso firme sobre o sistema descentralizado que criou, a jamahiriya ou a ‘lei do povo’.
ap/ sol