Processos contra ‘todos e quaisquer’ ex-administradores da PT

A Pharol  SGPS, a holding que resulta da desagregação da antiga PT depois do negócio com a brasileira Oi, vai avançar com acções contra “todos e quaisquer administradores eleitos para o triénio de 2012/2014” que tenham tido responsabilidade – por acção ou omissão – na subscrição de dívida do Grupo Espírito Santo. Zeinal Bava e Henrique…

Processos contra ‘todos e quaisquer’ ex-administradores da PT

Antes do colapso do grupo de Salgado, há um ano, a PT investiu quase 900 milhões de euros em títulos da Rioforte, e a empresa nunca recuperou esse dinheiro. Hoje, a assembleia-geral de accionistas da Pharol, que tem como únicos activos uma participação 27,8% na operadora brasileira Oi e a dívida da Rioforte, aprovou a via dos processos contra ex-gestores.

Em comunicado enviado à CMVM, a empresa explica que as acções vão ser tomadas “contra todos e quaisquer administradores eleitos para o triénio de 2012/2014 e que tenham violado deveres legais, fiduciários e/ou contratuais, entre outros, quer por acção, quer por omissão, pelos danos causados à Pharol”.

Segundo o comunicado, no prazo de seis meses a Pharol deverá propor pedidos de indemnização contra os administradores que, no mandato de 2012/2014, “tiveram participação directa nas decisões relativas aos investimentos acima referidos ou que, em virtude dessas funções, os poderiam ter evitado”.

Zeinal Bava e Henrique Granadeiro ocuparam o cargo presidente na empresa no período entre 2012 e 2014, deverão estar na linha da frente dos pedidos de indemnização, mas gestores como o administrador financeiro Pacheco de Melo ou Morais Pires, que acumulava um cargo no conselho de administração da empresa com as funções no BES,podem também ser visados.

Na Assembleia Geral estevee representado 43% do capital social com direito de voto. O ponto único da ordem de trabalhos foi aprovado por uma maioria de 99,996% dos votos presentes.

joao.madeira@sol.pt