joão antunes, presidente da cooperativa, contou à lusa que «está a ser feito um esforço para comercializar o novo produto ainda neste natal».
cada caixa vai trazer uma dúzia de bombons que juntam chocolate negro e queijo de ovelha de cura prolongada.
o contraste de sabores «resulta num casamento que tem sido aprovado por especialistas em vários eventos», disse joão antunes.
o autor da «improvável união» foi o chefe nélson félix, na escola de hotelaria do estoril, que desenvolveu o desafio lançado pela cooperativa aos estabelecimentos de ensino, de experimentarem o queijo em novos produtos.
agora está na hora de passar dos testes à produção para o mercado: as instalações de idanha-a-nova vão receber equipamento onde os doces vão ser produzidos, enquanto se ultimam os registos necessários.
numa primeira fase «pensou-se entregar a uma empresa exterior a produção e comercialização dos bombons, mas ficou decidido que será a cooperativa a fazê-lo, até porque, para além do equipamento a instalar, já tem um laboratório».
seja qual for o resultado, o nascimento do novo produto «já é gratificante por duas razões: resulta de uma parceria com uma escola e sente-se a aceitação por parte de quem tem experimentado o produto».
por outro lado, «é importante para a cooperativa mostrar que continua a ter capacidade para inovar».
os bombons de queijo nascem numa altura em que arranca uma estratégia de internacionalização dirigida para o norte da europa, brasil e outros países de língua portuguesa.
ao mesmo tempo, está a ser desenvolvida uma loja na internet.
como parte da estratégia, a cooperativa de produtores de queijo de idanha-a-nova começou a participar em concursos internacionais e ganhou uma medalha de ouro à primeira tentativa.
a distinção foi para o queijo amarelo da beira baixa ‘sabores da idanha’, no concurso world cheese awards 2011 (concurso mundial de queijos 2011), em inglaterra.
para joão antunes, a participação em concursos internacionais «é uma forma de a marca se sujeitar a uma avaliação externa e de ganhar credibilidade no mercado internacional».
para além do queijo amarelo, o queijo de ovelha dop de castelo branco é outro produto emblemático da cooperativa.
a estrutura reúne 20 associados do concelho de idanha-a-nova e de uma freguesia de castelo branco, alcains, que produzem 300 toneladas de queijo por ano, numa unidade industrial com capacidade para processar o dobro.
lusa/ sol