o presidente da federação das associações de reformados do distrito de lisboa, joaquim santos, lamentou hoje a decisão de não reduzir o preço dos medicamentos como tinha sido anunciado há cerca de duas semanas pelo ministério da saúde, lembrando que este é apenas «mais um aumento em cima dos outros aumentos anunciados».
depois do anúncio do congelamento das reformas mais baixas, o jornal de notícias publica hoje que o ministério da saúde e a indústria farmacêutica chegaram a acordo quanto à não redução do preço dos medicamentos.
para joaquim santos, a notícia representa «mais um aumento em cima dos aumentos».
«isto é sempre trágico. o que se está a passar neste momento no país é assustador. é trágico», disse à lusa joaquim santos, recordando os milhares de reformados que, na hora de fazer as compras, têm de seleccionar os medicamentos receitados, por não poder comprá-los todos.
«a situação ainda se vai agravar mais. vão existir mais pessoas sem conseguir comprar os medicamentos. na lista de cinco ou seis que levam para a farmácia, vão ter de escolher um ou dois, os que acham mais importantes», alertou o responsável.
para joaquina santos «é uma situação crítica em cima de outra situação crítica. os aumentos são de tal maneira que não passam despercebidos a ninguém. é a água, a electricidade, o supermercado e agora os cortes nas pensões e nos medicamentos».
lusa/sol