O reitor da Universidade Fernando Pessoa, Salvato Trigo, foi hoje condenado por desvio de dinheiro da instituição de ensino superior privada para benefício pessoal, tendo-lhe sido aplicada uma pena suspensa de um ano e três meses de prisão.
O tribunal entendeu como provado que o reitor cometeu um crime de infidelidade por ter, alegadamente, desviado mais de dois milhões de euros daquela instituição de ensino privado em benefício próprio e da sua família.
O julgamento estava em curso desde outubro de 2017 no Tribunal Judicial da Comarca do Porto e foi realizado à porta fechada a pedido do acusado.
De acordo com a acusação, o reitor terá montado vários esquemas para desviar verbas da fundação que detém a universidade, canalizando o dinheiro para uma empresa cujos sócios são a mulher e os dois filhos de Salvato Trigo.
Já no final dos anos 90, Salvato Trigo tinha sido condenado a dez meses de prisão suspensa num processo que envolvia o desvio de subsídios do Fundo Social Europeu, quando era diretor da Escola Superior de Jornalismo do Porto.
O reitor sempre negou o desvio de dinheiro e a 29 de janeiro deste ano enviou, segundo a Lusa, uma mensagem por correio eletrónico aos professores, alunos e funcionários daquela universidade a informar que era “falso” ter desviado fundos ou cometido qualquer outro crime. “Completamente falso que eu tenha alguma vez desviado fundos ou cometido qualquer outro crime e disso tem estado a ser feita prova documental e testemunhal no julgamento a decorrer”, lê-se no 'email' a que a Lusa teve acesso.
