Revoltas árabes são exemplo de cidadãos comuns a erguerem-se

O secretário-geral das Nações Unidas apontou as revoltas em países árabes como exemplos de «cidadãos comuns» que se juntaram para denunciar a corrupção e exigir aos seus governos que a combatam.

«nos acontecimentos em todo o mundo árabe, os cidadãos comuns juntaram as suas vozes para denunciar actos de corrupção e para exigir que os seus governos combatam este crime contra a democracia», afirmou ban ki-moon numa mensagem alusiva ao dia internacional contra a corrupção que se assinala sexta-feira.

os protestos provocaram «mudanças na cena internacional» difíceis de imaginar há alguns meses mas são prova de que os pobres «não serão silenciados» e que todos têm «a responsabilidade de tomar medidas contra o cancro da corrupção».

ban ki-moon apela ainda a todos os países que ainda não ratificaram a convenção das nações unidas contra a corrupção para que o façam «sem demora».

os governos devem incluir medidas anticorrupção nos seus programas e os privados devem também apostar em criar uma economia «mais transparente através de iniciativas anticorrupção», defende o secretário-geral da onu.

a corrupção, lembrou, só faz crescer a «desigualdade e a injustiça» e tira «oportunidades de educação, cuidados de saúde e outros serviços essenciais» aos mais pobres, acrescentou.

lusa/sol