fonte do ipimar ligado ao processo do plano de cobertura da qualidade da água na costa portuguesa explicou que «todos os anos, por altura da primavera/verão, há algas que produzem no seu interior toxinas” e o fenómeno começa sempre na costa e depois “pode ou não entrar na ria formosa».
«como as algas se espalham com as correntes de maré ou induzidas pelo vento é possível que também invadam a ria formosa durante dois ou três dias, como aconteceu já em anos passados», recorda a mesma fonte do ipimar, acrescentando que todos os anos «há este problema».
a durabilidade destas micro-algas é de cerca de 15 dias e a toxina que produzem provoca «efeitos diarreicos» ao homem durante dois ou três dias.
o ipimar indica que a apanha e comercialização de todos os bivalves da zona litoral compreendida entre vilamoura e vila real de s. antónio mantém-se interdita, mas que, para já, não há invasão das algas na ria formosa.
a faixa costeira onde foi levantada a interdição da apanha de bivalves estende-se por cerca de 60 quilómetros e corresponde à área da ria formosa, contudo este sistema lagunar não está afectado pela interdição.
os pescadores e apanhadores devidamente licenciados cuja actividade esteja a ser condicionada pela interdição de trabalhar podem recorrer ao fundo de compensação salarial, garantiu hoje fonte do ministério da agricultura, do desenvolvimento rural e das pescas.
a interdição temporária, que inibe a apanha e comercialização de todo o tipo de bivalves, foi inicialmente implementada no sábado pelas autoridades que tutelam os recursos biológicos.
lusa/sol