RiR: Cerca de 35 mil pessoas nas primeiras horas

Cerca de 35.000 pessoas entraram hoje no Rock in Rio Lisboa, Parque da Bela Vista, até às 18:00 para ver a brasileira Ivete Sangalo e os norte-americanos Maroon 5 e Lenny Kravitz, segundo a organização.

o terceiro dia de concertos conta com um público bem mais heterogéneo, comparando com os dois dias anteriores, com bastantes brasileiros, algumas famílias, carrinhos de bebés e muitos grupos de adolescentes.

e isso reflectiu-se nos piqueniques feitos no recinto – já sem a relva natural dos dias anteriores – e nas longas filas para desfrutar da montanha russa e da roda gigante presentes no recinto.

o cartaz hoje também é mais propício a essa heterogeneidade, entre o samba-pop de ivete sangalo e o rock de lenny kravitz, dois artistas repetentes no festival.

com a imagem do cristo redentor em fundo, ivete sangalo entrou toda vestida e branco, de fato, chapéu e bengala, desceu uma escada montada no palco e a partir daí, acompanhada de um corpo de bailarinos, não parou de dançar para a multidão que a aguardava.

“brasileiro”, “acelera aê” e “perere” foram alguns dos primeiros temas que se fizeram ouvir.

não é por acaso que a cantora baiana está mais uma vez no rock in rio lisboa. é uma garantia de festa entre o público, que está quase impossibilitado de fazer outra coisa senão dançar, pular, sambar e “levantar poeira”.

antes de ivete sangalo entrar em cena, no palco mundo estiveram os portugueses expensive soul, que já tinham estado em outras três edições anteriores do rock in rio lisboa, mas num outro palco.

o cantor new max (tiago novo) e o mc demo (antónio conde) souberam desde o começo como segurar o público durante quase uma hora, cumprindo todos os requisitos: palmas, braços no ar a acompanhar canções com refrões “orelhudos” que a audiência sabia de cor.

o concerto começou com a presença em palco de vários atletas olímpicos e para-olímpicos medalhados e seguiu com os dois músicos e a jaguar band a fazer desfilar os singles de mais de dez anos de carreira.

perante uma audiência compacta e atenta, o grupo incluiu “dou-te nada”, “o amor é mágico” “falas disso” e “eu não sei”, com o público a cantar o refrão desta última em plenos pulmões.

a banda agradeceu a “audiência maravilhosa” e saiu de cena deixando o público a cantar o hino nacional.

enquanto isso, do outro lado do recinto, os orelha negra davam um concerto com os convidados brasileiros hyldon e kassin, que alinharam os astros musicais para a constelação da música soul pop brasileira.

apesar do alinhamento ecléctico, o público esteve distraído e não correspondeu – com excepção de uma grupo de espectadores junto ao palco -, preferindo o relvado sintético para lanchar, descansar e conversar no final de tarde, com uma banda sonora em fundo.

a tocarem também pelo prazer de estarem juntos, pela primeira em palco, os orelha negra, hyldon e kassin tocaram temas de uns e outros, como “thowback”, “m.i.r.i.a.m.” e “cura”, “brasilian samba soul”, “potássio” e “na chuva, na rua, na fazenda”.

lusa/sol