a banda britânica, formada em 1978 e que marcou o pós-punk, ao longo da década de 1980, esteve em portugal no ano passado, nos concertos da serra do pilar, em gaia. a actuação num festival como o de paredes de coura, no entanto, será certamente diferente, tendo em conta a plateia, onde haverá espectadores que nasceram quando os echo & the bunnymen estavam no auge das suas carreiras.
é de lembrar que foi também no minho, mas em vilar de mouros, em 1982, que a banda de ian mcculloch iniciou a sua relação com os portugueses, materializada no sucesso que tiveram, entre nós, álbuns como “heaven up here”, “porcupine” ou “ocean rain”, de que hoje se devem escutar de novo os temas que marcaram os últimos 30 anos.
na sua página na internet, os echo & the bunnymen não hesitaram em declarar que, este ano, tinham “o prazer de voltar a tocar no festival de paredes de coura, em portugal”, encimando uma lista que enumera apenas os locais das restantes quatro apresentações, a cumprir até ao final de setembro, na europa.
a programação desta noite de paredes de coura, tem alguns capítulos para satisfazer aqueles que têm as suas raízes mais do rock, com declinação punk, como sejam os the horrors, os iceage ou os portugueses the glokenwise.
o cartaz, que se espalha por quatro palcos, também tem espaço para os ritmos mais dançáveis com os tons negros do “synth pop”, de cold cave, a electrónica mais atmosférica de citizens! ou de noiserv, ou mais alegre dos peace e dos espanhóis delorean.
sábado, o último dia do festival, será a altura para conferir expectativas em relação a dois dos mais fortes nomes desta 21.ª edição do festival: os escoceses belle and sebastien e a banda norte-americana calexico, de tucson, no arizona, que não esquece a proximidade à fronteira mexicana.
lusa/sol
