SCB rejeita acusação de transacções obscuras com o Irão

O banco britânico Standard Chartered (SCB) rejeitou hoje a acusação de uma autoridade de regulação americana que o acusou de esconder transacções com o Irão no valor de «cerca de 250 mil milhões de dólares (201 mil milhões de euros)».

«o grupo rejeita firmemente a posição ou o retrato dos fatos, tal como emitido pelo dfs (departamento de serviços financeiros de nova iorque)», disse o banco num comunicado.

as acções listadas na bolsa de hong kong estavam a cair 7,5 por cento na abertura da sessão de hoje.

o scb concentra a actividade na ásia e nos países emergentes.

segundo o departamento dos serviços financeiros do estado de nova iorque, «durante pelo menos 10 anos», o scb conseguiu «centenas de milhões de dólares de comissões» e «deixou o sistema financeiro norte-americano vulnerável a terroristas, traficantes de armas e de droga e regimes corruptos».

o tesouro federal norte-americano escusou-se a comentar.

na sua ordem, a autoridade do estado de nova iorque precisa que as suas acusações se baseiam em «mais de 30.000 páginas de documentos, incluindo correio interno no scb que descreve as infracções à lei deliberadas e condenáveis».

a direcção do scb foi instada a dar explicações a 15 de agosto sobre «estas aparentes infracções e a demonstrar por que razão a sua licença de exploração no estado de nova iorque não deverá ser revogada».

o banco é acusado nomeadamente de «entre janeiro de 2001 e até 2007 (…) ter conspirado com os seus clientes iranianos para fazer passar perto de 60.000 pagamentos diferentes em dólares pela filial nova-iorquina, depois de ter retirado informações das transferências que permitiam identificar países, entidades e indivíduos alvos de sanções».

lusa/sol