Silves diz que foram tomadas todas as medidas para controlar mosquitos

O presidente da Câmara de Silves assegurou hoje que tudo foi feito para evitar a propagação e eliminar os mosquitos que nas últimas semanas afectaram a zona balnear de Armação de Pêra, onde a situação “já está normalizada”.

rogério pinto disse à lusa que a câmara de silves e as autoridades ambientais e de saúde actuaram de forma concertada para controlar um problema motivado por um aumento da água no leito da ribeira de alcantarilha, que desagua no mar junto a armação de pêra, mas que tem a saída de água interrompida durante o verão para não afectar a qualidade da praia e da zona balnear.

rogério pinto explicou que, em condições normais, é sempre aplicado herbicida e insecticida nas zonas de maior risco para o surgimento de mosquitos, mas “não estava prevista a quantidade de água que entrou” na lagoa que se forma antes de a ribeira desaguar no mar. foi isso que “criou o problema”, referiu.

“nesta altura do ano, em que não chove, a ribeira devia estar praticamente dentro do seu leito, mas ela transbordou porque recebeu água a mais e quem faz a gestão da água não é o presidente da câmara, mas a agência portuguesa do ambiente [apa]”, acrescentou.

rogério pinto assegurou que, ao ser detectada essa “situação anormal”, foram tomadas outras medidas em colaboração com a apa, a administração regional de saúde do algarve e a junta de freguesia para “tentar resolver e minimizar o problema”, que as autoridades de saúde já tinham garantido não pôr em risco a saúde pública.

“neste momento já é um bocado caricato falar de mosquitos porque não há mosquitos em armação de pêra”, disse o autarca, garantindo ainda que foram tomadas medidas para uma situação normal e que “quando surgiu a praga foram tomadas outras medidas para ser dada uma resposta mais eficaz”.

rogério pinto referiu-se, por exemplo, a uma empresa contratada pela apa para aplicar mais herbicida e insecticida nas margens da ribeira ou à utilização de um helicóptero kamov da protecção civil a baixa altitude para destruir ovos e evitar a reprodução dos mosquitos.

o autarca disse que foram também ponderadas as hipóteses de atear um fogo controlado e de abrir a saída da ribeira para o mar, a primeira abandonada por riscos ambientais e a segunda porque poderia pôr em causa a qualidade da água na zona balnear de armação de pêra.

“a abertura da ribeira ao mar poderia prejudicar as 100 mil pessoas que estavam em armação e assim o problema ficou confinado à zona entre a lota e ribeira”, afirmou.

além de armação de pêra, a praia dos salgados, em albufeira, foi afectada no fim-de-semana passado, com muitas pessoas a abandonarem a praia por não conseguirem suportar os mosquitos, mas o presidente da câmara, josé carlos rolo, disse à lusa que essa situação anormal não acarretava riscos para a saúde pública.

lusa/sol