Terroristas atacam Israel a partir do Egipto

Pelo menos sete mortos em vaga de ataques contra veículos civis entre Bersebá e Eilat. Islamistas entraram em Israel a partir do Sinai egípcio, onde os movimentos radicais consolidaram presença após queda de Mubarak.

os ataques desta quinta-feira são considerados pelas autoridades israelitas os mais ousados dos últimos anos contra o estado hebraico.

a ofensiva começou cerca do meio-dia e durou três horas.vários grupos de homens armados, supostamente provenientes da faixa de gaza, entraram em israel através da região egípcia do sinai e abriram fogo sobre um posto fronteiriço e várias viaturas, incluindo um autocarro, numa auto-estrada do negev. uma viatura de emergência que se deslocava para o local foi atingida por um engenho explosivo colocado na estrada.

durante o mesmo período, mas dezenas de quilómetros a norte, um grupo de soldados israelitas foi alvejado a tiro a partir de gaza. as autoridades acreditam que os ataques foram coordenados.

pelo menos sete israelitas morreram na ofensiva terrorista. outras sete pessoas que integravam o grupo ou grupos responsáveis pelo ataque foram posteriormente eliminados pelas forças hebraicas. horas após os incidentes, quando a noite caía sobre o médio oriente, ainda se registavam trocas de tiros ao longo da fronteira entre israel e o egipto.

apesar do hamas ter negado qualquer envolvimento na operação, telavive já iniciou represálias contra a faixa de gaza. pelo menos seis pessoas, incluindo uma criança, foram mortos na quinta-feira durante um bombardeamento da aviação judia.

para o ministro israelita da defesa ehud barak, os atentados sublinham ainda «o fraco controlo do egipto sobre a região do sinai». telavive autorizou recentemente o exército egípcio a lançar uma operação militar de larga escala contra grupos islamistas que se instalaram desde a queda de hosni mubarak naquela região, que se encontra desmilitarizada desde 1979, ao abrigo do acordo de paz entre o cairo e israel.

segundo a cnn, que cita fontes locais, grupos afiliados da al-qaeda consolidaram a sua presença no sinai, onde nos últimos meses o oleoduto que liga o egipto a israel foi atacado cinco vezes e vários polícias foram mortos ou raptados por islamistas radicais.

sol