Toiros, cavalos, campinos e muita festa, é o Colete Encarnado a trazer o campo para cidade

O Terra Fértil está hoje em Vila Franca de Xira, andamos pelo país atrás das principais festas, feiras e romarias, mostrando o que há de melhor em Portugal, do turismo ao artesanato, da agricultura à gastronomia, queremos dar a conhecer a sua Terra Fértil. Porque para além de Lisboa, não há só paisagem! Acompanhe os directos…

De Lisboa a Vila Franca de Xira é um salto, são apenas 34 quilómetros que separam a capital do país desta terra ribatejana, aficcionada e orgulhosa das suas raízes e tradições rurais. 

O campo é celebrado durante três dias de festa rija, onde o papel principal desta história já com 87 anos, é desempenhado por uma figura, quase mítica, o Campino! 

A festa chama-se Colete Encarnado – a peça central da farda do campino.

No primeiro fim de semana de julho cumpre-se a tradição, a cidade enverga literalmente o Colete Encarnado, uma simbologia levada muito a sério por toda a população do concelho, que se orgulha de tudo aquilo que está associado a este símbolo: o campo, os toiros, os cavalos e a festa brava. 

Além das esperas e largadas de toiros nas ruas, a corrida de campinos, a homenagem ao campino (José Joaquim da Silva) com a entrega do Pampilho de Honra (Joaquim Luís Vicente), o desfile de campinos, Cavaleiros e Amazonas e as garraiadas são momentos de fortes emoções.

A festa faz-se nas ruas, com a participação popular, quer seja através das colectividades, quer seja pelo envolvimento das Tertúlias, que são já mais de quarenta. Há sardinha assada, vinho e muita animação, por vezes espontânea, com fados e fandango, mas também com o salero de nuestros hermanos, por Vila Franca ouve-se e dança-se flamenco e há sevilhanas pelas casetas, por isso há quem lhe chame a Sevilha portuguesa!

A animação musical distribui-se por vários palcos, abrangendo cada recanto da cidade. Os grandes concertos na Av. Pedro Vítor, estão este ano a cargo dos Resistência, segue-se uma Festa da M80, El Amir – Flamenco, R.A.Y.A., Los Cavakitos e Orquestra Ligeira do Exército, entre muito mais animação pelas ruas da cidade.

A centenária praça de toiros Palha Blanco é como não poderia deixar ser, um dos “palcos” da fiesta, recebendo na tarde de domingo, dia 7 de Julho, uma das mais importantes datas do panorama taurino nacional. Uma corrida que contará com a presença dos cavaleiros António Telles e Francisco Palha, do matador de toiros António João Ferreira, pegam a solo os Forcados Amadores de Vila Franca de Xira. O curro de toiros é da ganaderia São Torcato.

A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira assume a coordenação e organização do evento, espera-se que até domingo passem pelo Colete Encarnado, cerca de 250 mil visitantes.

 

A tradição aqui ainda é o que era

 

Já hoje celebra-se a Missa Rociera, durante a abertura da Festa, ao final da tarde desta Sexta-Feira.
No sábado à tarde realiza-se a Homenagem ao Campino. Ainda no sábado, é a Noite da Sardinha Assada e a Garraiada na madrugada de Sábado para Domingo. 
O Campino Homenageado este ano é José Rodrigues da Silva, também conhecido por José “Mimoso”

 

8 palcos pela cidade

É uma das novidades deste ano, um novo palco, na Praceta da Justiça (junto ao Tribunal).
Passam assim a ser oito os palcos instalados na cidade: Avenida Pedro Victor (o palco principal), Tribunal, Adro, Mártir Santo, Mercado, Jardim Municipal, Misericórdia e o palco Sevilhanas.com.
No palco principal destaca-se a atuação dos Resistência, esta 6.ª Feira à noite e de música flamenca a preencher a noite de Sábado.
Na noite de Domingo, depois do concerto da Orquestra Ligeira do Exército com a participação dos Fadistas de Vila Franca de Xira, a festa termina junto ao rio Tejo com o tradicional espetáculo de fogo-de-artifício.

 

Comes e bebes gratuitos
A organização vai oferecer: 
1.650 pães;
2.000 litros de vinho;
2.500kg de sardinhas;
500 litros de caldo verde

Vá de comboio ou saiba onde estacionar
Melhores opções de estacionamento são: 
Entrada norte – Parque dos Bombeiros Voluntários; Centro da cidade – Parque da Mina e Parque junto ao Pavilhão do UDV, este último com acesso à cidade pela passagem superior na Estação dos Comboios;
Entrada sul – Parque junto ao Nó2 da A1. 

Contudo recomenda-se o uso do transporte público, sobretudo o comboio.