Toxinas na Ria Formosa impedem apanha e venda de bivalves

Os bivalves de todas as zonas de produção da Ria Formosa no Algarve estão interditos de serem apanhados e comercializados devido à presença de algas produtoras de biotoxinas, informou hoje o Instituto de Investigação das Pescas.

«atendendo à presença de fitoplânton produtor de biotoxinas dsp, solicita-se preventivamente a interdição da apanha e comercialização de todos os bivalves provenientes de todas as zonas de produção da ria formosa», disse hoje fonte do instituto de investigação das pescas e do mar (ipimar).

a área de interdição da apanha abrange as capitanias de vila real de santo antónio, tavira, fuseta, olhão e faro, acrescenta o ipimar.

a durabilidade destas micro-algas é de cerca de 15 dias e a toxina que produzem provoca «efeitos diarreicos» ao homem durante dois ou três dias.

a interdição temporária da apanha e comercialização de todo o tipo de bivalves foi inicialmente implementada no sábado pelas autoridades que tutelam os recursos biológicos, mas até hoje a restrição cingia-se à área litoral algarvia entre vilamoura e vila real s. antónio.

na quarta-feira, em declarações à lusa, fonte do ipimar já havia admitido que as algas com toxinas, que estavam a interditar a apanha de bivalves no litoral algarvio, poderiam invadir a ria formosa, à semelhança dos anos anteriores.

«todos os anos, por altura da primavera/verão, há algas que produzem no seu interior toxinas» e o fenómeno começa sempre na costa e depois «pode ou não entrar na ria formosa».

lusa/sol