UTAO acredita em “superação” da meta do défice

No entanto, os técnicos que dão apoio aos deputados lembram que esta análise conta com algum nível de “incerteza em termos de evolução económica”, o que “pode obrigar o Governo a tomar medidas de política orçamental (pacote “inflação e Ucrânia”) adicionais que trarão encargos acima” dos previstos no Orçamento do Estado para 2022. 

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) acredita que os dados do primeiro trimestre indicam que a meta do défice prevista pelo Governo (-1,9%) poderá ser cumprida, ainda que alerte para a elevada incerteza provocada pela atual conjuntura.

A unidade coordenada por Rui Nuno Baleiras salienta o défice fixou-se em 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, em contabilidade nacional, uma melhoria de 5,5 pontos percentuais  face ao mesmo período do ano passado, o que “dão indicações positivas quanto à probabilidade de superação da meta orçamental prevista”.

Já para os restantes trimestres  acreditam que “é previsível que a receita fiscal possa continuar a beneficiar do contexto decorrente de pressões inflacionistas, que se acentuaram após o início do conflito armado na Ucrânia, assim como é também é expectável que os encargos com medidas covid-19 sejam inferiores aos registados em 2021”. 

No entanto, os técnicos que dão apoio aos deputados lembram que esta análise conta com algum nível de “incerteza em termos de evolução económica”, o que “pode obrigar o Governo a tomar medidas de política orçamental (pacote “inflação e Ucrânia”) adicionais que trarão encargos acima” dos previstos no Orçamento do Estado para 2022.