comece-se por dizer que não se trata de um qualquer cidadão dos emirados, mas antes do xeque hamad bin hamdan al nahyan, membro da família real dos eau.
hamad era já conhecido pela sua excentricidade, tendo mandado construir uma pirâmide para albergar a sua enorme colecção de automóveis – mais de 200 carros de luxo, incluindo uma carrinha de 50 toneladas com quatro quartos habitáveis e sete mercedes 500 sel de 1983, cada um pintado numa das sete cores do arco-íris.
mas desta vez, hamad bateu-se a si próprio na busca por uma nova forma de gastar a sua fortuna virtualmente infinita. no espaço de poucas semanas, o xeque mandou cavar vários quilómetros de canais marítimos numa ilha privativa e desértica ao largo de abu dhabi. quem não percebeu à primeira o propósito da empreitada pode tirar dúvidas através de imagens de satélite: os canais formam a palavra hamad numa extensão de 3.000 por 1.000 metros.
e porquê? pouco mais se sabe num país onde a imprensa raras vezes questiona os hábitos excêntricos da sua elite. ‘porque pode’ é a resposta mais provável.
sol
