A luz com que passou da História para o quarto, a vida dupla a que a homossexualidade o obrigou, deu a Konstantinos Kaváfis a chave para fixar com um vigor quase mítico os episódios mais sensuais da sua intimidade.
Num país onde a regra é esquecer, onde o desinteresse tritura até os ossos, um editor presta homenagem a um poeta e tradutor exemplar que tem feito da vida uma admiração que se entrega, dando a ler em português o grande prodígio da poesia vinda de outras línguas e horizontes
Um ano tão hábil no horror sem fronteiras, acaba coroado na edição de poesia com uma tradução de um poeta que nos ensinou a ler a história do fim para o princípio