Estranha-se, por isso, que o PS de 2025 fale com rebuço do 25 de Novembro de 1975
Da parada militar do Terreiro do Paço à sessão solene na Assembleia da República e à cerimónia evocativa na Gulbenkian, Marcelo Rebelo de Sousa esteve em todos os momentos das comemorações oficiais do 50.º aniversário do 25 de Novembro, mas os discursos não foram sempre no mesmo sentido.
50 anos depois, não se percebe como tanta gente ainda reage com urticária à comemoração do dia em que a democracia triunfou sobre a tentativa de desvio totalitarista de esquerda
Não reduzamos tudo a minudências ou a intrigas corriqueiras, sempre presentes nas sociedades modernas e vibrantes da informação. Nem limitemos a vida e a acção a fait-divers ou a disputas políticas e pessoais
Cerimónia no Parlamento equiparada à do 25 de Abril continua a dividir partidos. PS prefere assinalar cinquentenário no Rato, com familiares de Soares e ex-secretários-gerais.
Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que as comemorações do 25 de Novembro têm vindo a aproximar-se das celebrações oficiais do 25 de Abril
E as ‘contas certas’? ‘Há mais vida para além do Orçamento’? A questão importante não é reduzir ou não a dívida pública, mas saber qual o ritmo dessa redução.
Deputada interpelou José Pedro Aguiar-Branco para dizer que “esperava que a sessão começasse com uma chamada de atenção” e uma “nota de repúdio” sobre a intervenção de André Ventura na sessão solene do 25 de Novembro.
A primeira vez que estive com Jaime Neves não foi no mato africano ou num qualquer quartel ou cabaret, mas na sua casa de Corroios
O 25 de Novembro foi o ponto de partida para a recuperação das promessas feitas originalmente pelo MFA, evitou uma guerra civil e uma nova ditadura e deu a democracia a um País que já conhecia a liberdade
Neste dia, há 49 anos, o país estava à beira de uma guerra civil. Depois do Verão Quente de 1975, a tensão entre moderados e revolucionários escalava. Se por um lado o 25 de abril de 1974 veio deitar abaixo o regime autoritário do Estado Novo, por outro lado pôs a nu as divisões das…
O país estava, em 1975, “debaixo da ameaça de uma ditadura soviética”, e hoje “há uma nova ameaça da imigração descontrolada que destrói o nosso país”, afirma o líder do Chega.
“Feliz 25 de Novembro. Esta cerimónia solene marca um momento decisivo no caminho para a afirmação da democracia em Portugal”, disse o líder da IL, e rematou: “todos tinham direito à liberdade”.
“Foi por causa de Abril que em novembro, não no novembro de há 49 anos, mas o de há 50, a 15 de novembro de 1974, se instituiu o voto universal em eleições livres e que, finalmente, todas as mulheres portugueses passaram a ter o direito a votar, casadas ou solteiras, tivessem ou não um…
“Cá estaremos quando chegar o dia de voltar a chamar a nossa democracia pelo único nome, abril”, disse a deputada.
“Neste 25 de Novembro gostaria de lembrar que o PAN defendeu sempre que é a 25 Abril que deve haver a celebração de todos os momentos da revolução”, diz Inês de Sousa Real.
“O 25 de Novembro resgatou o plano inicial de democratização. O 25 de Abril abriu um caminho e o 25 de Novembro impediu que esse caminho se fechasse”, continuou Paulo Núncio, acrescentando que “Novembro não se fez contra Abril”, como concluiu a sua intervenção.
O ‘caixote do lixo eleitoral’, o ‘Fidel Castro da Europa’ e a ‘ditadura dos oprimidos’: o Verão Quente e o 25 de Novembro nas palavras dos protagonistas.
Ao contrário do que as análises simplistas concluíram, o 25 de Novembro não foi um confronto entre a esquerda e a direita, entre os revolucionários e os contra-revolucionários. Foi muito mais complexo do que isso, porque as Forças Armadas estavam muito divididas. E havia as influências das potências, os EUA e a URSS.