O jornalista russo Dmitry Muratov afirma que o opositor do regime de Putin “tem todo o futuro pela frente”.
Em causa está a criação do Fundo Anticorrupção (FBK), que na ótica das autoridades russas, “incita os cidadãos a cometer atos ilegais”, em particular “convocando-os a participar em reuniões não autorizadas”.
O médico encontra-se bem de saúde e não quis ser hospitalizado.
As buscas incluem membros de serviços de emergência, polícia, guarda nacional, inspetores de caça e voluntários, apoiados por drones e helicópteros, e estão a ser “significativamente complicadas pelo terreno difícil e pela presença de pântanos”.
“Olhei para mim próprio. Sou apenas um esqueleto horrível. Da última vez que pesei 72kg estava provavelmente no 7.º ano”, disse Navalny.
A decisão de terminar a greve de fome surgiu após vários médicos pedirem a Navalny que parasse “imediatamente” com o protesto.
As manifestações não vão ficar por aqui. Estão previstas concentrações, esta quarta-feira, em cem cidades da Rússia, entre quais Moscovo e São Petersburgo às 19h00 locais (17h00 em Lisboa).
“A situação está a piorar e hoje queremos passar uma mensagem unida às autoridades russas, que são responsáveis pela segurança e saúde de Navalny”, afirmou Josep Borrell.
O opositor do regime de Vladimir Putin diz estar com febre e tosse forte.
O opositor do Governo russo foi analisado por um neurologista que lhe receitou apenas comprimidos de Ibuprofen, um medicamento anti-inflamatório.
Querem que seja a “maior manifestação que a Rússia já viu”.
A decisão surge no mesmo dia em que a UE formalizou a introdução de sanções a quatro responsáveis russos pelo seu “papel na detenção arbitrária, perseguição e julgamento” do opositor e pela “repressão de manifestações pacíficas ligadas ao tratamento ilegal de Navalny”.
O diretor do Serviço Penitenciário Federal da Rússia garantiu ainda que “não existe nenhuma ameaça para a integridade física” o opositor do regime de Navalny.
“Não disseram a ninguém para onde o transferiram”, disse a advogada do opositor à agência France-Presse (AFP).
Pouco antes tinha sido confirmada a sua sentença por violação de medidas de controlo judicial.
Sergey Maximishin cuidou do opositor de Putin depois de este ter sido envenenado. Notícia surge numa altura em que os protestos contra o Presidente continuam a ganhar força.
“Repito: não temos intenção de levar em consideração as declarações sobre questões relacionadas à aplicação das nossas leis àqueles que as violam, nem aquelas que se referem aos veredictos dos nossos tribunais”, afirmou o porta-voz do Kremlin.
“A União Europeia condena a decisão das autoridades russas de condenar Alexei Navalny e considera-a inaceitável por ser politicamente motivada e contrária às obrigações internacionais da Rússia em matéria de direitos humanos”, afirmou Josep Borrell, Alto Representante da UE para a Política Externa.