O Governo já tinha anunciado que seria contratada uma empresa internacional para nomear uma equipa de gestão profissional especialista no setor da aviação para a comissão executiva. Será esta equipa a ficar responsável pela reestruturação da empresa, que deverá incluir a redução de rotas, frota e postos de trabalho, até ao final do ano.
A decisão da AG da Azul permite confirmar o acordo entre Governo e privados para a compra da posição que pertencia a David Neeleman na TAP por 55 milhões. O Estado português fica com 72,5% do capital da TAP, ficando Humberto Pedrosa com 22,5% do capital da empresa. Os restantes 5% mantêm-se, como até aqui, na posse…
Na reunião com Pedro Nuno SantosAs organizações representativas dos trabalhadores adiantam ainda que “da parte destes sindicatos, tudo faremos para defender os postos de trabalho e os acordos de empresa”.
A TAP destaca que, apesar da retoma, os voos em setembro vão equivaler a apenas “cerca de 40 por cento” da operação normal da companhia aérea, em comparação com o período anterior à pandemia de covid-19.
A companhia aérea de baixo custo irlandesa justifica a decisão com medidas “para reduzir as perdas” geradas na empresa na sequência da pandemia. A Ryanair planeia também encerrar as bases dos aeroportos de Berlim (Tegel) e Dusseldorf até ao final do verão.
Nos primeiros cinco meses do ano, aterraram nos aeroportos nacionais 43,1 mil aeronaves em voos comerciais (-50,6% face ao mesmo período de 2019) e foram movimentados 9,6 milhões de passageiros (-56,5%). O tráfego do aeroporto do Faro foi o que registou maior decréscimo no número de passageiros movimentados entre janeiro e maio de 2020 (-73,6%).
O negócio tinha sido aprovado também esta quinta-feira em Conselho de Ministros, e autoriza o Estado a reforçar a posição na TAP para 72,5%.
Sete sindicatos criticam a solução encontrada pelo Governo para “salvar” a TAP – um empréstimo do Estado de até 1,2 mil milhões de euros, que inclui um plano de reestruturação – por considerarem que o Executivo “não desejou nem se preparou” para conseguir recorrer aos fundos de auxílio europeu no âmbito da pandemia.
“As medidas implementadas no Grupo SATA para debelar os impactos da pandemia são, contudo, insuficientes para colmatar as necessidades de tesouraria que o grupo enfrenta, sendo necessária uma intervenção pública por parte do Governo da República”, refere a companhia aérea pública açoriana em comunicado.
Depois de já ter reduzido o número de membros do conselho de administração e da comissão executiva da Deutsche Lufthansa, o grupo agora vai ter de reduzir também a administração das subsidiárias Lufthansa Cargo, LSG e Lufthansa Aviation Training, para apenas um cargo.
O ministro da Economia admitiu que Turismo de Portugal e TAP estão a avaliar a possibilidade de se fazerem “outro tipo de rotas”, umas vez que o mercado se alterou, devido à pandemia.
O ministro alerta que caso a reestruturação da companhia aérea não seja aprovada pela Comissão Europeia a TAP “corre o risco de ser liquidada”.
A Easyjet reinicia 51 das suas 64 rotas nos quatro principais aeroportos de Portugal (Lisboa, Porto, Faro e Funchal), ligando o país a França, Reino Unido, Suíça, Alemanha, Luxemburgo e Itália. Dois terços da tripulação da companhia aérea britânica de baixo custo (incluindo pilotos e pessoal de cabine) regressam ao trabalho.
O apoio à recapitalização é de seis mil milhões de euros e o empréstimo com garantia estatal de três mil milhões. Estado alemão fica com 20% do capital social da companhia aérea.
Presidente do conselho de administração quer “reforço dos poderes do Estado” no órgão que lidera. Admite que Estado foi “além do normal” para evitar reestruturação exigida por Bruxelas.
A TAP continua a discutir com vários agentes do Porto e Norte do país, antes de apresentar a segunda versão do plano de retoma de voos de e para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro – depois das críticas à primeira versão.
Em comunicado, a companhia aérea de baixo custo referiu que “restabelecerá mais de 120 rotas de/para Portugal” a partir do primeiro dia do mês de julho. “Clientes afetados por voos cancelados poderão utilizar os seus vouchers para reservar as suas próximas férias”, refere responsável.
A operar uma frota de 270 aeronaves de grande capacidade, a Emirates já tinha decidido, em março, aplicar uma redução temporária de 25 a 50% nos salários base da maioria dos seus funcionários. Companhia aéra não específicou quantos dos seus 100 mil trabalhadores pretende despedir.