A TAP destaca que, apesar da retoma, os voos em setembro vão equivaler a apenas “cerca de 40 por cento” da operação normal da companhia aérea, em comparação com o período anterior à pandemia de covid-19.
A companhia aérea de baixo custo irlandesa justifica a decisão com medidas “para reduzir as perdas” geradas na empresa na sequência da pandemia. A Ryanair planeia também encerrar as bases dos aeroportos de Berlim (Tegel) e Dusseldorf até ao final do verão.
Nos primeiros cinco meses do ano, aterraram nos aeroportos nacionais 43,1 mil aeronaves em voos comerciais (-50,6% face ao mesmo período de 2019) e foram movimentados 9,6 milhões de passageiros (-56,5%). O tráfego do aeroporto do Faro foi o que registou maior decréscimo no número de passageiros movimentados entre janeiro e maio de 2020 (-73,6%).
O negócio tinha sido aprovado também esta quinta-feira em Conselho de Ministros, e autoriza o Estado a reforçar a posição na TAP para 72,5%.
Sete sindicatos criticam a solução encontrada pelo Governo para “salvar” a TAP – um empréstimo do Estado de até 1,2 mil milhões de euros, que inclui um plano de reestruturação – por considerarem que o Executivo “não desejou nem se preparou” para conseguir recorrer aos fundos de auxílio europeu no âmbito da pandemia.
“As medidas implementadas no Grupo SATA para debelar os impactos da pandemia são, contudo, insuficientes para colmatar as necessidades de tesouraria que o grupo enfrenta, sendo necessária uma intervenção pública por parte do Governo da República”, refere a companhia aérea pública açoriana em comunicado.
Depois de já ter reduzido o número de membros do conselho de administração e da comissão executiva da Deutsche Lufthansa, o grupo agora vai ter de reduzir também a administração das subsidiárias Lufthansa Cargo, LSG e Lufthansa Aviation Training, para apenas um cargo.
O ministro da Economia admitiu que Turismo de Portugal e TAP estão a avaliar a possibilidade de se fazerem “outro tipo de rotas”, umas vez que o mercado se alterou, devido à pandemia.
O ministro alerta que caso a reestruturação da companhia aérea não seja aprovada pela Comissão Europeia a TAP “corre o risco de ser liquidada”.
A Easyjet reinicia 51 das suas 64 rotas nos quatro principais aeroportos de Portugal (Lisboa, Porto, Faro e Funchal), ligando o país a França, Reino Unido, Suíça, Alemanha, Luxemburgo e Itália. Dois terços da tripulação da companhia aérea britânica de baixo custo (incluindo pilotos e pessoal de cabine) regressam ao trabalho.
O apoio à recapitalização é de seis mil milhões de euros e o empréstimo com garantia estatal de três mil milhões. Estado alemão fica com 20% do capital social da companhia aérea.
Presidente do conselho de administração quer “reforço dos poderes do Estado” no órgão que lidera. Admite que Estado foi “além do normal” para evitar reestruturação exigida por Bruxelas.
A TAP continua a discutir com vários agentes do Porto e Norte do país, antes de apresentar a segunda versão do plano de retoma de voos de e para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro – depois das críticas à primeira versão.
Em comunicado, a companhia aérea de baixo custo referiu que “restabelecerá mais de 120 rotas de/para Portugal” a partir do primeiro dia do mês de julho. “Clientes afetados por voos cancelados poderão utilizar os seus vouchers para reservar as suas próximas férias”, refere responsável.
A operar uma frota de 270 aeronaves de grande capacidade, a Emirates já tinha decidido, em março, aplicar uma redução temporária de 25 a 50% nos salários base da maioria dos seus funcionários. Companhia aéra não específicou quantos dos seus 100 mil trabalhadores pretende despedir.
Em causa, estão os pagamentos dos salários dos tripulantes de cabine em maio que, em muitos casos, ficaram abaixo do salário mínimo nacional: entre os 300 e 400 euros, segundo apurou o i. SNPVAC recorda que companhia aérea garantiu nunca pagar abaixo do salário mínimo.
A Easyjet anunciou esta quinta-feira que vai dispensar quase um terço dos seus efetivos, na sequência da pandemia de covid-19. Nos próximos dias, terá início o processo de consulta com os funcionários.
Plano de retoma de voos da TAP deixou autarcas e entidades do norte “furiosos”. Rui Moreira questiona apoio do Estado à empresa: “Para quê?”.