Em comunicado, a companhia de baixo custo irlandesa adianta ter planos para “operar 40% da sua programação de voos” em julho.
Em comunicado, sindicato reagiu ao anúncio dos voos para junho e julho agendados pela companhia aérea. Esta terça-feira, ao final da manhã, autarcas, entidades e personalidades da região Norte vão reunir-se, em conferência de imprensa, para darem conta do seu descontentamento.
Recorde-se que a companhia aérea prolongou o layoff até 30 de junho. “Todos nós andamos no meio, temos informações de vários canais, e sabemos que há procura. Porque é que a administração da TAP não sabe?”, questiona o sindicato.
Dados do Eurostat concluem um aumento de quase duas mil pessoas em comparação com 2018 e que, neste momento, 0,4% do total dos trabalhadores portugueses estava ligado ao setor da aviação
A TAP recorreu, em 2 de abril, ao programa de layoff simplificado, disponibilizado pelo Governo como uma das medidas de apoio às empresas que sofrem os efeitos da pandemia, tendo-o posteriormente prolongado até 31 de maio. Assim, a prorrogação anunciada esta sexta-feira é, portanto, a segunda.
Estas decisões vão passar a entrar em vigor a partir do dia 1 de junho.
Segundo o sindicato, a companhia áerea de baixo custo irlandesa “está claramente a aproveitar-se” do atual contexto da pandemia “à custa dos seus colaboradores, nomeadamente dos tripulantes de cabine”.
Os voos serão maioritariamente em rotas domésticas, junto com um número mínimo de rotas internacionais. Em comunicado, a Easyjet afirma que “espera aumentar o número de voos à medida que a procura dos clientes começar a aumentar e as restrições diminuírem”.
A notação financeira da TAP desce de B para a B menos, ou seja, a companhia aérea passa a ser considerada “investimento altamente especulativo”.
Apesar dos resultados positivos, a incerteza que se vive no setor da aviação devido à pandemia – e que se irá refletir no próximo exercício – já levou a Ryanair a alertar que poderá ter a necessidade de cortar até três mil postos de trabalho, principalmente entre pilotos e pessoal de cabine.
Recorde-se que a TAP colocou, no final de março, 90% dos seus colaboradores e reduziu o horário de trabalho em 20% para os restantes 10%.
Entre os destinos europeus que serão retomados estão Londres, Paris, Madrid e Milão, bem como Chicago, nos Estados Unidos, Toronto, no Canadá, e Sindey e Melbourne, na Austrália.
O secretário de Estado do Tesouro, Álvaro Novo, confirma que o Governo “já recebeu um pedido de ajuda por parte da administração da TAP”, mas admite que um possível apoio do Estado “precisa de uma fundamentação”
Em comunicado, o SNPVAC recorda que “sempre defendeu que o Estado português deveria ter um papel fundamental e relevante na comissão executiva da companhia aérea.
TAP começa a voar para Londres quase diariamente a partir de dia 21. Para Madrid, apenas a Easyjet tem voos previstos a partir de Lisboa.
A SATA e a Ryanair não estão a operar para os Açores, mas a TAP nunca deixou de voar para a região, mantendo ainda duas ligações semanais para São Miguel e uma para a Terceira
Portugal e outros 11 países da UE pediram esta quarta-feira à Comissão uma mudança temporária nas regras dos passageiros com voos cancelados. Na terça-feira, a comissária europeia dos Transportes, Adina Valean, considerou que “isso não é compatível com as regras comunitárias”.
“O mundo das viagens após a crise do coronavírus será diferente do anterior. Estamos a preparar-nos para esta nova realidade”, afirmou o presidente executivo da companhia, Dieter Vranckx.