Antigo ministro diz que já estava à espera da acusação, mas lamenta fugas de informação
Durante o processo Tancos, o ministro foi acompanhando tudo através dos encontros na sua casa com Luís Vieira e pelo menos um no seu gabinete. MP diz que Azeredo soube do plano da investigação paralela, uma vez que não era só “um muro de lamentações” para Luis Vieira.
No despacho de acusação, o Ministério Público defende a perda de funções e de regalias para quem participou na alegada farsa.
Mais de duas dezenas de arguidos foram acusados pelo MP no âmbito do processo que investiga o furto e o aparecimento insólito das armas. Diretor da PJM, Major Vasco Brazão e militares da GNR são acusados juntamente com o gangue que assaltou Tancos.
O SOL sabe que já há acusação e que os aguidos deverão ser notificados ainda esta manhã.
O despacho de apresentação do ex-ministro ao juiz de instrução declara que, em agosto de 2017, Azeredo terá tido uma reunião no Ministério da Defesa Nacional com o ex-diretor da Polícia Judiciária Militar, Luís Vieira, onde terá sido informado do plano, dois meses antes do “achamento” do material militar.
Azeredo Lopes diz que a sua indiciação como arguido no processo de Tancos é ‘inexplicável’. E S. Bento e Belém também foram surpreendidos com a decisão do Ministério Público. Para já, Presidência e Governo remetem-se a silêncio absoluto. Mas o incómodo é notório.
“Estou convicto que serei completa e absolutamente ilibado de quaisquer responsabilidades neste processo”
Os centristas também acusam o ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes de omitir factos no parlamento sobre o caso de Tancos.
O ex-ministro da Defesa Nacional confirmou hoje no Parlamento ter recebido uma chamada de Marques Vidal incomodada em 2017, no día do aparecimento das armas. Só dois dias depois o seu chefe de gabinete viria a receber o memorando do diretor geral da PJM. Azeredo Lopes garante não ter comunicado a Costa detalhes como o…
Novo ministro da Defesa falou do “caso Tancos” e anunciou que a divulgação dos resultados da auditoria à PJM está para breve. Marcelo Rebelo de Sousa exige rapidez na investigação
Marques Vidal terá telefonado a Azeredo Lopes um dia depois do aparecimento das armas para mostrar desagrado com a atuação da PJ Militar.
Presidente da República foi ao departamento central de investigação e ação penal e acabou a falar do caso de Tancos.
O ex-chefe de gabinete de Azeredo Lopes disse no interrogatório, na quarta-feira, que informou o então ministro da Defesa do memorando sobre Tancos
Martins Pereira informou o ministro sobre o memorando por chamada feita por WhatsApp
A auditoria, que não foi tornada pública, foi lançada ainda por Azeredo Lopes
Esperam-se esclarecimentos sobre o alegado conhecimento do ex-ministro da Defesa