O longo braço de Lukashenko estendeu-se e a UE ripostou. Mas o ditador conta com apoio inabalável do Kremlin.
Ministro português afastou possível envolvimento da Rússia no desvio do avião da Ryanair.
Svetlana Tikhanovskaya refugiou-se na Lituânia dois dias após ter perdido as eleições presidenciais da Bielorrússia. Também o pai do jornalista Román Protasevich revelou é “possível que ele seja agredido ou torturado” e que se vê “sinais de agressão na cara”.
Membros da UE e NATO vão proibir a aviões da Bielorrússia de aterrar nos seus aeroportos e suspender as ligações terrestres.
Espaços aéreos e aeroportos da UE fechados ao país.
Sofia Sapéga estaria a viajar para Vilnius para apresentar a sua tese de mestrado.
Josep Borrell pede ainda a “libertação imediata” do jornalista Roman Protasevich.
O presidente da Bielorrússia diz ter sido alvo de uma tentativa de “golpe” e “assassínio”, planeado pelos Estados Unidos, tendo ainda, alegadamente, frustrado o ataque, com a ajuda do Governo russo.
A principal adversária de Alexander Lukashenko, no poder desde 1994, perdeu as eleições presidenciais da Bielorrússia, em agosto de 2020. Segundo os números oficiais, considerados fraudulentos pela União Europeia (UE), Svetlana Tikhanovskaya obteve 10% dos votos. Com a visita a Portugal pretende “discutir a crise na Bielorrússia e o apoio aos bielorrussos”.
A Bielorrússia tem sido alvo de vários protestos após a vitória de Lukashenko nas eleições presidenciais de agosto de 2020. A oposição considera que os resultados foram manipulados e exige a renúncia do chefe de Estado, a libertação de presos políticos e a convocação de novas eleições.
O Presidente destacou que “o povo, a sociedade, querem mudanças” e muitos questionam o modelo presidencial do país, então uma possível solução seria uma mudança considerável na Constituição, algo que não considera adequado.
Paul Richard Gallagher deverá encontrar-se com as autoridades civis e líderes religiosos numa altura em que a Bielorrússia impede o regresso do arcebispo de Minsk, Tadeusz Kondrusiewicz, ao país.
A Alemanha considera “absolutamente inaceitável” recorrer a “sistemas clandestinos” para lidar com representantes da oposição, disse a responsável do Governo alemão, referindo-se ao sequestro de uma das líderes do movimento contra o Governo de Alexander Lukashenko.
Já em declarações feita esta terça-feira, Lukashenko admitiu que teria ficado demasiado tempo no poder, sublinhando, no entanto, que durante esta crise só ele poderia governar o país.
O chefe de Governo bielorruso acrescenta, no entanto, que é o único capaz de proteger o país agora.
Está há mais de duas décadas a servir como líder da Bielorrússia, mas a pressão dos opositores e dos populares está mais forte do que nunca para Alexander Lukashenko, o político que outrora foi visto como um grande combatente da corrupção.
Presidente admite que podem ser feitas mudanças na Constituição de forma a redistribuir o seu poder, mas eleições estão fora de questão.
Lukashenko aposta no machismo e no nacionalismo para enfrentar adversárias inesperadas.