Executivo e bombeiros retomam negociações, interrompidas no início de dezembro por causa dos protestos.
A ação, explica o sindicado numa nota, acontece de modo a permitir a realização da reunião agendada pelo Governo para dia 16 de janeiro.
À saída o Presidente da República foi parco em palavras: “Ontem [sábado] visitei o Mário e vou, agora, visitar o Bruno”, disse, referindo-se aos bombeiros feridos ainda internados. “A vida continua. São uns heróis”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.
Hoje, um dos cinco bombeiros que ficaram feridos na sequência do acidente, acabou por falecer, aos 38 anos.
Quatro dos bombeiros sofreram ferimentos graves, dois deles tiveram de ser helitransportados para Lisboa.
As chamas tiveram início num ventilador, localizado no piso -2.
O protesto começou pelas 9h00 no Terreiro do Paço, em Lisboa, e os manifestantes estão, quase todos, com barretes pretos de pai-natal e camisolas negras.
Clientes e funcionários foram retirados em segurança. Circulação na Marginal já foi retomada.
PSP está a investigar circunstâncias do incêndio.
O “problema de estatuto” dos sapadores deve-se pela “entidade patronal serem os municípios, quem estabelece o estatuto legal ser o Estado e, portanto, haver aqui uma relação triangular a três”.
O INEM irá pagar mensalmente às associações de bombeiros o valor diário de 247 euros por equipa, a funcionar 24 horas por dia
Decisão foi justificada com o início das negociações com o Governo.
Sapadores, municipais ou voluntários. Todos querem mais dinheiro, subsídios de risco e que a profissão seja considerada de desgaste rápido. Mas há quem critique o medo das autarquias…
Num artigo de opinião publicado hoje no jornal Público, Aguiar-Branco afirmou: “O problema não está nos bombeiros em si. Está no precedente que se abre”.
Marido ficou gravemente ferido.
Não houve vítimas nem casas ardidas esta noite.
“A maior homenagem que lhes podemos prestar é continuar a lutar, como eles fizeram”, considera Luís Montenegro.