Trata-se de Sergey Kolotsey, comandante da Unidade da Guarda Nacional Russa, que agora é suspeito oficial de matar quatro ucranianos desarmados e de torturar um outro em Bucha.
Os corpos foram encontrados em Myrotske, uma aldeia perto de Bucha – a cidade na periferia de Kiev que se tornou um exemplo das atrocidades da guerra e na qual foram detetados muitos cadáveres civis.
Morreram, pelo menos, 400 civis em Bucha, entre os quais, 10 crianças.
Autoridades ucranianas lembram palavras de Ludmilla Denosova que denunciou a tortura de adultos e crianças até à morte, levada a cabo pelas tropas russas.
‘O mundo inteiro está de luto’, declarou Ursula Von der Leyen, de visita a uma das valas comuns de Bucha.
“Temos visto a face cruel do exército de Putin”, disse.
Secretas alemãs intercetaram conversas entre tropas russas em Bucha, falando tranquilamente de execuções, como se fosse algo do dia-a-dia. Apontam o dedo a mercenários da Wagner e a combatentes chechenos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano disse que a ajuda da Europa é “crucial” para travar a guerra, ainda que admita que é difícil perceber “quando terminará a guerra”.
Esta visita ao Quai d’Orsay deve-se a uma fotografia partilhada no Twitter da embaixada russa, com a seguinte descrição: cenário de filmagens na cidade de Bucha, onde aparece uma multidão de jornalistas numa rua que parece ser naquela cidade, acabando por insinuar que os massacres cometidos a milhares de civis foram uma encenação.
Presidente ucraniano criticou os líderes políticos e empresariais por se preocuparem mais com os negócios do que com os crimes de guerra.
Anabela Alves, a jurista portuguesa que trabalhou no julgamento do massacre de Srebrenica, fala de uma sensação de “dejà vu” e admite acusação de genocídio na Ucrânia. Imagens de satélite poderão ser usadas na provas e perícias e testemunhos são cruciais. “Eles sabem disso”, diz.
Via-se lixo, excrementos, carros roubados e sapatos de criança à volta das casas ocupadas por russos, diz Dmytro Gumenyuk. Eles disparavam “contra tudo o que mexe”, conta Iryna Yarmolenko, do conselho municipal de Bucha.
“Alguns [civis] foram mortos na rua, outros atirados para poços onde morreram em sofrimento. Alguns foram mortos nos seus apartamentos, com granadas que explodiram. Civis foram esmagados por tanques quando estavam nos seus carros, no meio da rua”, descreveu Zelensky.
Este objetivo foi revelado pelo Dmitry Medvedev, antigo Presidente da Rússia e homem de confiança de Putin, através do Telegram. A declaração mereceu um comentário de Olexander Scherba, antigo embaixador da Ucrânia na Áustria, na rede social Twitter, com uma pergunta direcionada para Medvedev.
Notícia do New York Times desmente tese russa de encenação.
Os partidos submeteram votos de condenação pela morte de centenas de civis nesta região.
Os crimes cometidos na cidade ucraniana de Bucha foram alvo de reações por parte da comunidade internacional, com países como os Estados Unidos e França a clamarem por novas sanções contra o Governo da Rússia.
Acusações do presidente ucraniano surgem no mesmo dia em que mísseis russos destruíram uma refinaria em Odessa. Ucrânia denuncia massacre deliberado” de civis em Bucha onde pelo menos 300 corpos foram encontrados em valas. Rússia nega.
Ministro dos Negócios Estrangeiros disse que estava a haver um “massacre deliberado” em Bucha.