Este ano o verão de S. Martinho vai ser prolongado. “Em cada dez anos, em dois ou três há uma anomalia”, diz ao i o meteorologista Manuel Costa Alves, que aprofundou a origem da lenda.
Mas será o próprio tempo o melhor lembrete nesta transição para o não assim tão desejado horário de inverno, estando mesmo previsto que irá lançar vários alertas sob a forma de chuva e rajadas de vento.
Filho de agricultores de Mirandela, é talvez o maior especialista português na castanha, sua história, cultura e tradições. Conta-nos como percorreu milhares de quilómetros para registar a memória imaterial deste fruto e que visita um castanheiro doente como se fosse um amigo.
Detidos têm idades compreendidas entre os 16 e os 48 anos.
O verão de São Martinho surge por cá associado às castanhas assadas, a uma certa gastronomia de outono e aos cavalos. Mercê sobretudo da famosa Feira da Golegã, ou de São Martinho.
Portugal é um dos maiores produtores de castanha da Europa, logo a seguir à Itália. Anualmente, segundo as estimativas da Associação Portuguesa da Castanha, o país produz 47.500 toneladas deste fruto. Itália, o primeiro produtor do continente europeu, contribui com cerca de 50 mil toneladas.
As castanhas são os frutos capsularres do ouriço, numa árvore conhecida por castanheiro-da-europa ou castanea sativa.
A quebra de produção de castanha que este ano atingiu principalmente a serra da Padrela, distrito de Vila Real, foi provocada pela septoriose do castanheiro, um fungo que encontrou no verão ameno as condições ideias de desenvolvimento.