A cibersegurança tornou-se nos últimos anos uma das principais preocupações das empresas e do cidadão comum. Os números de ataques vão aumentando e por vezes nem são percetíveis ‘a olho nu’. António Abelha, CEO da DigitalSkills avisa: “A tendência em Portugal e na Europa é que continuem a existir e que seja uma curva ascendente”.
O Top-5 dos riscos que o mundo vai enfrentar tem duas novas entradas este ano: a estagnação económica prolongada e a geopolitização de recursos estratégicos, revela a Marsh.
A ministra da Justiça e da Administração Interna realçou que este tipo de crimes está a evoluir de uma forma “muito rápida”. Para além de existirem “tecnologias disruptivas”, o cibercrime, “que já vinha crescendo antes da pandemia, agravou-se no contexto pandémico”.
Análise da CPR diz que em Portugal, uma organização foi atacada, em média, 881 vezes por semana.
Também subiram 124% face a 2019, significando que o confinamento teve “de forma clara efeitos” nos ciberataques. Assim, o boletim do Observatório de Cibersegurança, hoje divulgado, revela que no primeiro semestre deste ano foram registados 847 incidentes pelo Centro Nacional de Cibersegurança (CERT.PT), quando no mesmo período de 2020 se verificaram 689 e, em 2019, ocorreram 378.
Um grupo de hackers invadiu a Universidade da Califórnia e exigiu um resgate milionário. E houve mais instituições atacadas.
Infraestruturas de segurança menos sofisticadas, menos experiência e maior falta de colaboradores qualificados para responder a ameaças deixam estas empresas mais vulneráveis
Ataques informáticos são cada vez mais e com maior complexidade mas faltam pessoas com capacidade e especialização suficiente para garantir a segurança de organizações.
A União Europeia alertou hoje para o “lado obscuro” das novas tecnologias, como armas poderosas de grupos terroristas, advertindo que os ciberataques são cada vez mais vulgares nas actuais guerras assimétricas, que opõem Estados a organizações difusas.