Apagão terá ocorrido durante a noite e foi detetado de manhã. Diligências foram suspensas ou canceladas.
Falha decorre do problema ocorrido no datacenter.
Confrontado pelo SOL com a preferência do Citius em relação a Ivo Rosa, o Ministério da Justiça garantiu que será analisado o algoritmo no âmbito da modernização dos sistemas de informação de suporte à atividade dos tribunais.
O SOL sabe que desde que a AR mudou o seu sistema de gestão informático, em 2009, têm existido várias preocupações. A empresa comprometeu-se a migrar toda a informação financeira de deputados e funcionários para a nova plataforma, mas não o fez. Confrontada, a AR diz que vai tentar resolver o caso agora.
A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, afirmou hoje ser “ainda muito cedo” para fazer um balanço sobre a reforma do mapa judiciário, adiantando, contudo, que o Citius “foi o que correu menos bem”.
O inquérito por denúncia caluniosa de dois ex-funcionários do instituto que gere a plataforma informática Citius contra a ministra da Justiça transitou para a comarca Lisboa Norte, porque a directora do DIAP de Lisboa é testemunha no processo.
A ministra da Justiça negou hoje que tivesse “varrido para debaixo do tapete” eventuais responsabilidades políticas relacionadas com o bloqueio do Citius e a demissão dos dirigentes do Instituto (IGFEJ) que gere aquela plataforma informática.
O presidente e o vice-presidente do instituto responsável pelo sistema informático da Justiça, Rui Mateus Pereira e Carlos Brito, que foram agora exonerados pelo secretário de Estado da Justiça, negam alguma vez ter suspeitado de crime de sabotagem dos dois directores do instituto, acusados de espionagem e entretanto ilibados.
O secretário de estado da Justiça exonerou o presidente e o vogal da direcção do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ), Rui Mateus Pereira e Carlos Brito, por responsabilidades no ‘crash’ do sistema informático da Justiça.
Os dois ex-técnicos do sistema informático Citius, que foram ilibados da suspeita de sabotagem daquela plataforma, admitem apresentar queixa por denúncia caluniosa, num caso que envolve a ministra da Justiça, disse a advogada Isabel Duarte.
O sistema informático utilizado nos tribunais “está completamente operacional” desde 31 de Dezembro último, segundo declaração oficial do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos de Justiça (IGFEJ).
Os dois técnicos investigados por suspeitas de sabotagem do Citius afirmaram ao Ministério Público (MP) que, a 5 de Setembro, quando aquele sistema informático estava paralisado, até receberam um “e-mail particularmente efusivo” do vice-presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ), responsável directo pelos serviços de informática, elogiando o trabalho feito.
O sistema informático dos tribunais colapsou, a 1 de Setembro, não porque foi sabotado, mas porque se tentou fazer a operação de migração de 3,5 milhões de processos ao mesmo tempo e com os tribunais a funcionar – algo que os dirigentes do Ministério da Justiça dizem só ter descoberto depois do crash que paralisou…
O Conselho Directivo (CD) do instituto que gere o Citius alegou no relatório sobre o bloqueio daquela plataforma informática da justiça que em Julho e Agosto, e até meados de Setembro, “alguma informação crítica” foi “sonegada, condicionada e manipulada”.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) não encontrou quaisquer indícios de crimes de sabotagem informática que pudessem ter originado o bloqueio do Citius, a plataforma informática dos tribunais. Não foi, por outro lado, apurada “prova suficiente quanto ao crime de coacção”.
Os dois elementos da PJ que trabalharam na plataforma informática Citius e que foram alvo da participação de sabotagem informática foram hoje inquiridos, como arguidos, no inquérito-crime aberto pelo Ministério Público, revelou à Lusa a advogada de defesa.
As suspeitas de sabotagem do programa informático Citius por dois técnicos superiores da Polícia Judiciária (PJ), que estão a ser investigadas pela Procuradoria-Geral da Republica a pedido da ministra da Justiça, serão difíceis de provar, alertam ao SOL vários advogados.
O secretário de Estado da Justiça esclareceu hoje que só quando houver uma “declaração formal” de “completa operacionalidade” do Citius deixará de vigorar a suspensão dos prazos processuais aprovada pelo Governo, perante os problemas na plataforma informática.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou hoje que o inquérito aberto sobre os problemas na plataforma informática Citius visa investigar factos que poderão configurar a eventual prática de sabotagem informática.