A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, pediu “desculpas” e “assumiu integralmente a responsabilidade política” pelos “transtornos e pelas dificuldades” registados na plataforma informática Citius, nesta quarta-feira, mas negou que estes tivessem causado o “caos”.
A sessão de segunda-feira do julgamento de um megaprocesso por tráfico de droga no Tribunal de Guimarães vai ser repetida, porque o sistema de gravação alternativo ao Citius não funcionou, foi hoje divulgado.
O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), Fernando Jorge, disse hoje estar “muito preocupado com o mau funcionamento” da plataforma CITIUS, sublinhando que está instalado o caos nos tribunais.
A bastonária da Ordem dos Advogados (OA) disse hoje que a plataforma CITIUS não está a funcionar, que desapareceram as novas comarcas e com elas 3,5 milhões de processos que, segundo o Ministério da Justiça já tinham migrado.
O secretário de Estado da Justiça disse hoje que ainda não há data para que o portal Citius volte a funcionar, mas que o Ministério emitirá um comunicado na segunda-feira sobre a situação da reforma do sector.
O PSD vai viabilizar o requerimento entregue hoje pelo PCP para uma audição urgente da ministra da Justiça na comissão de Assuntos Constitucionais, sobre os problemas do programa informático Citius, disse o deputado Carlos Abreu Amorim.
A inoperacionalidade da plataforma informática Citius e do sistema alternativo de gravação alternativo obrigou hoje à interrupção, no Tribunal de Guimarães, do julgamento de um mega processo por tráfico de droga, informou fonte judicial.
O sistema informático dos tribunais, o Citius, atingiu o limite e estão a ser dadas orientações para que não seja utilizado, enquanto os serviços técnicos do Ministério da Justiça procedem a “actualizações não compatíveis com a sua manutenção em funcionamento”.
A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, afirmou hoje que os problemas que estão a afectar o acesso à plataforma informática Citius eram expectáveis e era impossível evitá-los.
A plataforma informática Citius, que serve para magistrados e advogados acederem e gerirem os processos, está indisponível, apesar de o Ministério da Justiça ter marcado para hoje a activação do ‘site’, depois de três dias suspenso.