Num congresso onde até agora foi cumprido à risca o desejo de António Costa de que não se fale do caso Sócrates, o braço direito do ex-primeiro-ministro, Pedro Silva Pereira, reiterou a mensagem do actual líder. Fazendo um discurso centrado na acção política do PS, sem vitimizações, nem referências implícitas a Sócrates.
Depois de António Costa, que arrumou o caso Sócrates no início do seu discurso e sem mencionar nunca o nome do ex-primeiro-ministro, foi Manuel Alegre o único a trazer ao palco do Congresso o tema que tem marcado os últimos dias, mas também sem referir nomes. “Somos um partido livre e fraterno que não muda…
Ferro Rodrigues disse no congresso do PS que até às legislativas o partido valoriza mais a ruptura política do que a procura de entendimentos com o Governo.
A música de entrada e saída de um político é escolhida a dedo e marca um estilo. Johannes Brahms, compositor alemão e uma das figuras do Romantismo europeu no séc. XIX, foi o escolhido por António Costa para a sua entrada e saída do palco.
A meio da tarde o ambiente é morno no palco do congresso, mas quente nos bastidores. É esta a altura em que fazem as listas para os órgãos nacionais e Álvaro Beleza, o nome mais solicitado na ala segurista, é o responsável por compor a quota de nomes de militantes afectos à anterior direcção.
À entrada do Congresso do PS, Manuel Alegre garantiu que o tema da detenção de Sócrates não ficará de fora do seu discurso, mas sublinhou a necessidade de separar a política da Justiça.
António Costa aproveitou o seu discurso inicial no congresso que o consagra como secretário-geral do PS para rejeitar acordos com o Governo de direita, apresentar a sua agenda para a década e exigir uma atitude combativa perante uma Europa insensível ao sofrimento dos mais atingidos pela crise.
Pela primeira vez António Costa mencionou António José Seguro para puxar pela unidade do PS, num Congresso que quer de pacificação.
O nome de José Sócrates nunca foi pronunciado, mas António Costa admitiu que a detenção e posterior prisão preventiva do ex-primeiro-ministro foi um “choque brutal”.
Os estatutos do PS passam a prever uma moção de censura ao secretário-geral. As alterações estatutárias votadas pelo XX congresso do PS atribuem a competência à Comissão Nacional, o órgão máximo entre congressos, o poder de destituir o líder. As alterações foram aprovadas por larga maioria pelos congressistas e entram imediatamente em vigor.
O futuro presidente do PS, Carlos César, rejeitou hoje a perspectiva de as principais figuras “socráticas” do partido sejam afastadas da nova direcção, contrapondo que os socialistas têm uma tradição de renovação e não de purga.
O Congresso que arranca hoje seria de consagração do novo líder do PS, união e mobilização das hostes com as eleições na mira. Mas José Sócrates já não é só um fantasma do passado cuja herança António Costa podia assumir. Tornou-se num fardo político suficientemente tóxico para contaminar as ambições do PS. E é esta…
O secretário-geral do PS convidou pela primeira vez independentes para discursarem no congresso, entre eles o ex-reitor da Universidade de Lisboa Sampaio da Nóvoa, e o partido Livre para estar representado na sessão de encerramento.
O candidato socialista a primeiro-ministro, António Costa, apresenta hoje, em Coimbra, a sua moção de estratégia ao congresso do PS, depois de ter formalizado na quinta-feira a candidatura ao cargo de secretário-geral do partido.
A presidente do PS, Maria de Belém Roseira, confirmou hoje que as eleições directas para o novo líder do PS se irão realizar a 21 de Novembro e que o Congresso que entronizará o secretário-geral terá lugar uma semana depois, a 29 e 30 de Novembro.
António Costa avançou com um pedido à Comissão Nacional do PS de realização de um Congresso extraordinário. Mas foi chumbado, segundo informações recolhidas pelo SOL junto de fontes presentes na reunião que está a decorrer hoje, no Vimeiro.
António José Seguro fugiu a falar do congresso antecipado. Ao invés propôs a realização de eleições primárias abertas para escolher o líder do PS. O secretário-geral usou a sua declaração de abertura na Comissão Nacional, que está a decorrer no Vimeiro, para responder ao desafio de António Costa e dizer que não se demite. E…
António José Seguro deverá decidir marcar um congresso antecipado e abrir também um ciclo eleitoral nas federações distritais do PS. Esta é a convicção de socialistas ouvidos pelo SOL à entrada para a Comissão Nacional que se reúne no Vimeiro.