É corajoso mas tem o nariz muito grande. É inteligente mas fica feio com aquele nariz enorme. É sensível e escreve bonitos poemas mas o tamanho daquele nariz não faz sentido. E, tratando-se de Cyrano de Bergerac, em cena no Teatro Nacional D.Maria II até 1 de Março, a lenga-lenga podia continuar.
Cyrano de Bergerac é um dos raros casos no universo do teatro clássico em que a personagem suplantou o autor, sendo até aos dias de hoje muito mais conhecida do que quem lhe deu vida. “É como o Pinóquio”, compara o encenador Bruno Bravo, da companhia Primeiros Sintomas, que até ao dia 12 leva à…