À medida que se aproximam as eleições gregas, a Europa faz contas à vida. Perante um possível perdão de dívida ou um incumprimento depois de uma saída do euro, há incerteza quanto aos efeitos que um default de Atenas acarretaria. Portugal não seria o país mais afectado, mas haveria consequências nas contas públicas. O Estado…
O défice das administrações públicas ascendeu a 6.420,3 milhões de euros até Novembro, uma melhoria de 2.765,5 milhões de euros face ao mesmo período de 2013, divulgou hoje a Direcção-Geral de Orçamento (DGO).
O défice orçamental das administrações públicas fixou-se em 6.344 milhões de euros até Setembro, ou seja, 4,9% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A ministra das Finanças reafirmou hoje perante os seus colegas do Eurogrupo, o “compromisso firme” do Governo português de alcançar um défice abaixo dos 3% no próximo ano, e com as medidas previstas no Orçamento de Estado para 2015.
O presidente do Eurogrupo disse hoje, em Bruxelas, que o Governo português deve provar perante a Comissão Europeia que são “efectivas” as medidas que diz que está a tomar para reduzir o défice orçamental para menos de 3% do PIB em 2015.
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que o défice em contabilidade nacional se tenha situado nos 4,9% do PIB entre Janeiro e Setembro, “em linha”, considera, com a meta para o conjunto do ano.
O défice público nos dez primeiros dez meses do ano atingiu 5.959 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 1.842 milhões face a igual período do ano anterior, anunciou hoje o Ministério das Finanças. A redução do défice justifica-se sobretudo com o aumento da receita.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) continua a prever menos crescimento económico e mais défice orçamental que o Governo, tanto em 2014 como no próximo ano.
Está instalada a polémica em Portugal por causa das previsões de outono da comissão europeia, hoje divulgadas. Isto porque um indicador, o do défice orçamental, não é tão bom como gostaríamos, superando o limite dos 3% do PIB.
A Comissão Europeia alerta que a resolução do BES e que eventuais novos ‘chumbos’ do Tribunal Constitucional podem ter impactos negativos no cumprimento das metas de défice orçamental deste ano e do próximo.
Passos insiste que o Governo fez uma redução da despesa «sem precedente nem paralelo». Mas os números contrariam-no. Economistas da esquerda e da direita dizem que não foi significativa.
Pedro Passos Coelho anunciou, esta terça-feira, que o défice previsto no Orçamento do Estado para 2015 vai ficar nos 2,7%. Um valor acima dos 2,5% que tinham sido definidos como meta para o próximo ano.
A Comissão Europeia considera que o Governo tem de apresentar medidas adicionais no Orçamento do Estado para 2015, que substituam as chumbadas pelo Tribunal Constitucional, para que consiga reduzir o défice para o compromisso de 2,5% do PIB.
Portugal vai precisar de 15,2 mil milhões de euros em 2015 para se financiar ao longo do próximo ano, contando com uma ‘almofada financeira’ de 9,4 mil milhões no final de 2014, segundo o IGCP.
Foram 18 horas de reunião de Conselho de Ministros para negociar o Orçamento do Estado para 2015. A reunião acabou às três da manhã, com o Governo a anunciar num lacónico comunicado de dois parágrafos que a proposta de Orçamento ficou fechada.
O PSD voltou a 2009 no debate quinzenal desta sexta-feira. No primeiro debate depois da vitória de Costa no PS, os sociais-democratas quiseram recordar o ano do Governo de Sócrates em que o défice ficou acima dos 10%.
O cumprimento da meta do défice em 2014 vai exigir uma consolidação de cerca de 1,5 pontos percentuais do PIB semestral na segunda metade do ano, “quase o dobro da conseguida no primeiro semestre”, estimou a UTAO.