O défice orçamental no período de janeiro a agosto recuou 1901 milhões de euros, quando comparado com os mesmos oito meses de 2016.
Encargos deverão absorver o reforço das verbas no SNS
Apesar de permitir que a nova meta do défice para este ano seja de 2,5% do PIB, face aos anteriores 2,3%, Bruxelas entende que o esforço orçamental deste ano tem de ser reforçado
A intervenção da troika em Portugal trouxe ao país várias medidas de austeridade, nomeadamente, no que respeita à Saúde.
A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, disse ontem que só vai ser possível baixar os impostos quando houver uma redução estrutural na despesa e sublinhou que o ano de 2015 começou melhor do que o esperado.
As despesas com subsídio de desemprego caem 538,4 milhões de euros para 2.307,1 milhões de euros, uma revisão em baixa face ao montante estimado pelo Governo no primeiro Orçamento Rectificativo para este ano.
O PSD atribuiu hoje o aumento da despesa do Estado à reposição da totalidade dos salários e ao pagamento do subsídio de férias na função pública, considerando que os dados da execução orçamental agora divulgados “não trazem nenhuma novidade”.
O ministro da Solidariedade, Pedro Mota Soares, defendeu hoje que, em momentos de crise, “faz sentido” que a despesa social aumente e afiançou que o Governo tem feito “um conjunto de reformas” para “salvaguardar” o Estado Social.
A despesa com subsídios de desemprego registada em Maio, de 188 milhões de euros, foi a mais baixa desde há mais de três anos, segundo a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).