Os socialistas foram de pedir a demissão para deixar o holandês ficar no Eurogrupo
Paulo Rangel aproveitou hoje a presença de Jeroen Dijsselbloem no Parlamento para “olhos nos olhos” pedir-lhe que se demita.
O primeiro-ministro insiste em De Guindos para o lugar de Dijsselbloem
Está marcada para esta sexta-feira uma reunião dos ministros das Finanças, em Malta, para discutir a situação da Grécia e o problema do crédito malparado.
O primeiro-ministro holandês Mark Rutte não gostou das palavras duras usadas por António Costa para pedir a demissão de Dijsselbloem por este ter dito que os países do sul gastavam “o dinheiro todo em copos e mulheres”. Rutte ligou mesmo a Costa, mas este não mudou de ideias.
Embora calmo e imperturbável, Dijsselbloem apresenta um historial relevante de comentários polémicos e insultuosos. Resultado humilhante do PvdA, nas eleições holandesas, dificilmente possibilitará a manutenção dos cargos de ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo
O PSD entregou esta tarde no Parlamento um voto de condenação pelas declarações proferidas pelo presidente do Eurogrupo. Pedro Passos Coelho encabeça o grupo de deputados que subscrevem o texto.
O PSD ainda não tinha tido uma reação oficial às declarações de Dijsselbloem que incendiaram os ânimos políticos nas últimas 24 horas. A reação coube a Luís Montenegro no debate quinzenal com o primeiro-ministro.
António Costa não tem dúvidas: “O Sr. Dijsselbloem deve desaparecer” por ter dito que os países do sul gastam “o dinheiro todo em copos e mulheres” e depois pedem ajuda financeira.
“O sr. Dijsselbloem ofendeu-nos”, disse o primeiro-ministro, considerando as afirmações do presidente do Eurogrupo inaceitáveis
O ministro das Finanças dos Países Baixos, Jeroen Dijsselbloem, foi envolvido na polémica sobre a alegada influência do grupo bancário holandês ING na elaboração de uma lei que concede deduções aos bancos.
O presidente do Eurogrupo comentou hoje, em Bruxelas, após alcançado um acordo sobre o prolongamento da assistência à Grécia, que um país não pode pedir apoio financeiro a outros e formular as condições para essa assistência.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, telefonou a vários dirigentes europeus para reiterar que não pretende tomar medidas unilaterais em relação ao pagamento da dívida grega, informaram fontes governamentais citadas pelos ‘media’ gregos.