“Não é lógico” que Rosalina Ribeiro tenha pago antecipadamente 5,2 milhões de euros de honorários como advogado, como afirma Duarte Lima. A juíza Cláudia Pina expressou assim as suas sérias dúvidas quanto à justificação que este apresentou para o pagamento feito pela sua antiga cliente, durante o seu segundo interrogatório, esta manhã, no 5º Juízo Criminal…
Ex-deputado disse ao tribunal que tinha procuração para representar Rosalina Ribeiro e daí os honorários de 5,2 milhões de euros. Advogado brasileiro diz ao SOL que nunca lhe passou procuração ou delegou poderes.
A juíza Cláudia Pina, do 5.º Juízo Criminal de Lisboa, marcou para dia 24 de Junho próximo um “interrogatório complementar” de Duarte Lima, ainda em resposta ao pedido de colaboração feito pelas autoridades brasileiras, para esclarecer o homicídio de Rosalina Ribeiro, ex-companheira do milionário Tomé Feteira.
O interrogatório desta sexta-feira no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa acabou por não abordar dois temas: os telefones usados por Duarte Lima enquanto esteve no Brasil – nomeadamente, um telemóvel de cartão suíço, que ficou registado nas antenas de comunicações – e o facto de ter entregue o carro alugado à rent-a-car sem o tapete…
Duarte Lima negou de forma veemente, esta tarde, no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, ter morto Rosalina Ribeiro. E avançou com uma versão dos acontecimentos com pormenores diferentes do que tinha contado à Polícia brasileira, logo após o homicídio, em Dezembro de 2009.
Duarte Lima considerou hoje “falsa” a acusação das autoridades brasileiras de homicídio de Rosalina Ribeiro, ex-companheira do milionário Tomé Feteira, em Dezembro de 2009, no Brasil.
Duarte Lima está convocado para comparecer esta tarde no 5.º Juízo Criminal de Lisboa, para responder às 73 questões enviadas pelo Brasil, sobre o processo em que está acusado da morte de Rosalina Ribeiro.
Olímpia Feteira, filha do falecido milionário Tomé Feteira, estará hoje presente no inquérito a Duarte Lima, no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, que foi pedido pelas autoridades brasileiras, que investigam o homicídio de Rosalina Ribeiro.
Aurílio Nascimento não tem dúvidas quanto ao estratagema: “O plano de assassinar Rosalina Ribeiro foi meticulosamente preparado a partir do momento em que se teve conhecimento das respostas da Suíça às cartas rogatórias portuguesas. Elas mostravam que o senhor Duarte Lima estava na posse de imensos valores da herança”.
A defesa de Duarte Lima acredita ter um novo trunfo nas mãos: Gisele, a mulher com quem o advogado sempre disse ter deixado Rosalina Ribeiro em Maricá, no dia em que esta foi assassinada, poderá afinal ser Michele – a filha de um empresário que pretendia comprar o direito de herança à ex-companheira do milionário…