No centenário da grande figura do neo-realismo português, fica claro que este poeta e romancista foi quem melhor interpretou a urgência de uma arte que se empenhasse em resgatar o homem a essa transformação em mero escravo da produtividade ininterrupta e da destruição que se segue.
Nos dez anos da morte do nosso «último intelectual dominante», a sua ausência provou ser tão forte quanto foi a sua presença.
Nos dez anos da morte de Eduardo Prado Coelho, a sua ausência é tão forte quanto foi a sua presença, e até se confunde com o desvanecimento do confronto cultural no espaço público.