No arranque da campanha para as europeias de 25 de Maio ficou uma certeza: a política nacional vai mesmo entrar na corrida a Bruxelas e nunca como agora o passado recente será tanto e tantas vezes recordado.
Os partidos mais à esquerda ‘estacionam’ hoje as caravanas da campanha eleitoral para as europeias no sul do país, enquanto a coligação Aliança Portugal (PSD-CDS-PP) e o PS estarão pelo Centro, mas uns no litoral e outros no interior.
A Comissão Nacional de Eleições tem dúvidas sobre a imparcialidade da iniciativa que o primeiro-ministro já anunciou que se vai realizar no próximo dia 17, em plena campanha eleitoral para as europeias, com a apresentação do documento de estratégia do Governo para o pós troika.
O “número um” socialista às europeias acusou hoje o Governo de estar com “medo do povo” e de recorrer à “obscenidade” ao convocar um Conselho de Ministros extraordinário em período de campanha, ultrapassando os limites da decência.
O ex-primeiro-ministro socialista espanhol, Felipe González, defendeu domingo uma coligação entre o PP e o PSOE argumentando que as coligações devem responder aquilo de que o país “necessita em cada momento”.
A campanha oficial para as eleições de 25 de Maio arrancou hoje às 00:00, com mais de 9,6 milhões de eleitores a serem chamados às urnas para eleger os 21 deputados portugueses no Parlamento Europeu.
Mais de um terço dos eleitores para as europeias de 25 de Maio tem uma conta activa no Facebook e os partidos sabem disso, tentando captar novo eleitorado nas redes sociais, alerta uma especialista em comunicação política na Internet.
O ex-presidente da República Mário Soares disse ontem, em Loulé, estar convencido de que as eleições europeias vão ser um “desastre” para o Governo e que o PS vai vencer o escrutínio de 25 de Maio, mas “não por muito”.
O presidente do PSD e primeiro-ministro pediu hoje aos portugueses para condenarem nas eleições europeias a demagogia e o facilitismo, que apontou como marcas do discurso da oposição e alegou quase terem destruído Portugal.
O secretário-geral do PS, António José Seguro, traçou hoje um cenário de bipolarização em relação às próximas eleições europeias, defendendo que quanto mais votos tiverem os socialistas maior será a derrota do Governo PSD/CDS.
O presidente do PSD e primeiro-ministro declarou-se esta madrugada sem medo de ser julgado nas eleições europeias, alegando que o Governo cumpriu as suas obrigações e que os eleitores não desejam uma mudança para as políticas do PS.
O secretário-geral do PS, António José Seguro, garantiu nunca prometer nada aos portugueses que não possa cumprir, defendendo que Portugal precisa de uma mudança na forma de fazer política e de exercício de Governo.
O líder da CDU, Jerónimo de Sousa, disse na noite de sexta-feira em Santa Maria da Feira que “é uma vergonha que o senhor primeiro-ministro confunda os interesses de Portugal” com os do FMI.
O presidente do PSD e primeiro-ministro acusou na noite de sexta-feira os socialistas de renegarem a arquitectura da União Europeia que ajudaram a construir, lembrando a expressão “porreiro, pá” com que foi comemorado o Tratado de Lisboa