Há muito que na ala esquerda dos corredores da política se comentava a teoria segundo a qual Marcelo esperava pelo resultado das autárquicas e as suas eventuais consequências na liderança do PSD para mudar a relação com a geringonça e aumentar a pressão sobre António Costa. O que ninguém esperava era que o Presidente o…
“Sem drama”. É assim que Ana Catarina Mendes, secretária-geral adjunta do PS, vê a relação entre PS, BE, PCP e PEV, um dia depois de os partidos mais à esquerda terem exigido mais dureza aos socialistas na relação com Bruxelas.
O Orçamento retificativo foi a segunda vez, depois do voto contra na redução apenas parcial da CES, em que a esquerda(PCP e BE) colocou a sorte do Governo de António Costa nas mãos de Passos Coelho. O PSD voltou a dar o seu voto. Mas fica com a faca e o queijo para decidir em…
O candidato a Presidente da República António Sampaio da Nóvoa afirmou segunda-feira à noite que no “momento certo” será necessária a convergência dos candidatos de esquerda para conseguir derrotar “o da continuidade”.
O líder do partido socialista espanhol (PSOE) admitiu hoje liderar um governo de esquerda na sequência de acordos após as eleições gerais de dezembro, à imagem de Portugal, mas insistiu na necessidade de ganhar pelo menos “por um voto”.
O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, disse na quarta-feira estar “muito preocupado” com as consequências económicas e perda de confiança que poderão resultar de um Governo socialista aliado às “forças radicais”.
Os líderes parlamentares do PS, PCP, Bloco de Esquerda, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, e a dirigente do PEV Heloísa Apolónia vão ter reuniões de coordenação “habitualmente” antes das conferências de líderes.
António Costa tem andado pelo país a explicar aos militantes os acordos à esquerda. No sábado esteve em Coimbra e no início desta semana estará em Braga. E é acompanhado pelos economistas que participaram no cenário macroeconómico do PS que andam num verdadeiro roadshow por todos os distritos.
O embaixador norte-americano em Lisboa disse estar “preocupado” com as alianças políticas do Partido Socialista (PS) à esquerda, mas salientou que os Estados Unidos “respeitam a escolhas democráticas do povo português.
Foram os «acordos possíveis», confessa fonte da direção do PS. Acordos que deixaram de fora a aprovação dos Orçamentos do Estado e moções de censura. Assinados secretamente e em separado – primeiro com o PCP, depois com PEVe BE–, os acordos da esquerda não são completamente blindados e há medidas que ainda vão precisar de…
Os acordos assinados separadamente entre PS e BE, PCP e PEV não incluem moções de censura nem a obrigação de aprovar os Orçamentos do Estado. Quanto a medidas extra que sejam necessárias à governação serão negociadas em “reuniões bilaterais”.
Algumas frases dos líderes do PCP, Jerónimo de Sousa, do BE, Catarina Martins, a propósito do PS, e do secretário-geral PS, António Costa, sobre os partidos à sua esquerda, proferidas durante e depois da campanha eleitoral:
O acordo para um possível governo de esquerda vai hoje estar em cima da mesa com o Partido Socialista a reunir a sua Comissão Política, pelas 21h30, na sede nacional do largo do Rato, assim como no PCP, que também terá o seu Comité Central reunido durante o dia, na Soeiro Pereira Gomes. O secretário-geral comunista,…
Os três partidos que vão apoiar o Governo de António Costa (PS, PCP e BE, porque Os Verdes são um adereço) têm naturezas diferentes e têm motivações diferentes.
Há que tirar o chapéu a António Costa: tendo ficado em 2º lugar nas eleições de 4 de Outubro, será o próximo primeiro-ministro de Portugal. Conseguiu-o através de negociações detalhadas, e com certeza difíceis, com o PCP, o BE e o PEV.
A porta-voz do Bloco de Esquerda disse hoje que o “compasso de espera” político até à esperada queda do Governo PSD/CDS-PP é estranho, mas assegurou que “nenhum dia” até se firmar um acordo à esquerda está a ser desperdiçado.
Sou um anónimo militante social-democrata preocupado apenas com o País e a vida dos portugueses sendo médico de família de alguns deles e sabendo bem o reflexo que as crises têm sobre as suas vidas.
Muitos portugueses julgam estar a viver um sonho. «Mas vamos ter mesmo um Governo de esquerda?», perguntam-me aqui e ali, incrédulos. Respondo que sim. «Mas como é possível eles entenderem-se?».