O ataque decorreu com recurso aviação conjugado com drones e também com artilharia de campanha.
Um dos ataques ocorreu perto do restaurante Palmira, no bairro de Rimal. Já o outro aconteceu perto de um mercado.
Milhares de pessoas encontram-se em campos de tendas perto do hospital, à procura de abrigo.
“Como potência ocupante, Israel tem obrigações inequívocas ao abrigo do direito internacional”, disse o secretário-geral da ONU.
A “investigação preliminar revelou que as tropas abriram fogo devido à perceção de uma ameaça” e que “todas as alegações relativas a este incidente serão examinadas durante a investigação e apresentadas de forma detalhada e completa para decidir como lidar com este evento”.
Israel diz ter dado ‘luz verde’ à retirada de civis das zonas de combate, por canais que foram organizados com esse intuito.
Cessar-fogo que estava em vigor “oferecia uma rede de segurança de que as crianças da Faixa de Gaza precisavam desesperadamente”, mas, com a retoma dos ataques na região, “as crianças estão de novo mergulhadas em um ciclo de violência mortal e privações”.
“Em apenas uma semana, 142 mil pessoas foram deslocadas e espera-se que este número aumente”, afirmou Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral, António Guterres, acrescentando que “o espaço disponível para as famílias sobreviverem está a diminuir”.
Os ataques terão ocorrido nas cidades de Rafah e Khan Yunis, situadas no sul da Faixa de Gaza, e contra o campo de refugiados de Al-Bureij, no centro.
“As portas do inferno abrir-se-ão em Gaza” se os reféns não forem libertados, disse o ministro da Defesa israelita.
Casas foram enviadas em cinco camiões, através da fronteira de Kerem Shalom
A maioria dos camiões carregam consigo alimentos, como arroz, legumes, massa e óleo alimentar, assim como garrafões de água, mantimentos como cobertores e edredões, material médico e combustível.
Por sua vez, ao ser questionado sobre o Líbano, o secretário de Estado norte-americano antevê uma “paz duradoura”.
Um dos ataques aéreos teve como alvo um edifício da escola Moussa Ben Nousseir, na qual se encontravam refugiados.
“Há 22 mártires no massacre cometido pelo exército ocupante após o bombardeamento de uma casa pertencente à família Abu al-Tarabish, perto do hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza”, disse o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Bassal, em declarações à agência AFP.
“O Hamas está pronto para um acordo de cessar-fogo e para um acordo sério de troca de prisioneiros”, acrescentou.
“A intenção pode ser para que os palestinianos deixem Gaza de forma que outros a ocupem”, disse ainda, sobre os possíveis planos de Telavive para a região.
O Exército de Israel ainda não se pronunciou sobre o ataque contra o prédio de Beit Lahia.