No final da adolescência visitei-os em sua casa. Ele estava num sofá, ela era vida, de vez em quando aparecia, ouvia e dizia de si e do mundo. Falámos de televisão, ele era o mítico crítico e ela a escritora de referência dos jovens portugueses, não era coisa pouca, não foi coisa pouca.
Escrevo na terça-feira, são 10h23 da manhã, os miúdos dormem ainda. Há poucos minutos abri-lhes um pouco a janela e fechei a porta, estão arejados, com sorte terei tempo para acabar o que vos quero dizer.
Poucas expressões são tão despropositadas como a do ‘filho único’. Porque todos os filhos, por mais que os tenhamos, serão sempre absolutamente únicos.
Em Espanha, milhares ocuparam as ruas com velhas palavras de ordem contra a monarquia. Afinal, uma coisa era Juan Carlos, outra a continuidade no poder de seus filhos, netos ou outros herdeiros. Os ‘nossos irmãos’ estão a ferro e fogo. Por um lado, a Catalunha e o País Basco num fermento de acumulada revolta e…
Nos últimos cinco anos estas crónicas coabitaram em mim com a escrita do livro Jorge Jardim Gonçalves – O Poder do Silêncio, que a Dom Quixote colocará à venda na próxima segunda-feira e que será lançado no dia 4. É uma sensação estranha, de algum vazio e enorme expectativa.