A entrada da Finlândia e a Suécia na NATO é um duro golpe para as aspirações do Kremlin, uma vez que a organização ocidental irá quase duplicar a sua fronteira terrestre com a Rússia.
A suspensão deve-se a contas não pagas, no entanto, esta decisão acontece num momento em que a tensão entre Moscovo e Helsínquia aumenta pelo facto de a Finlândia ter anunciado a intenção de aderir à NATO.
O ministro dos Negócios Estrangeiros esteve com o homólogo finlandês para discutir a adesão do país à aliança transatlântica. Ontem, o Presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, e a primeira-ministra, Sanna Marin, emitiram um comunicado conjunto a defender a adesão do país à NATO “sem demoras”.
Erdogan considera que os países nórdicos são “quase como casas de hóspedes de organizações terroristas”.
Suécia deverá fazer o mesmo na próxima semana. Rússia promete “retaliações” ao alargamento da Aliança Atlântica e acena com nuclear.
Face à possibilidade de adesão à NATO, os dois países do Báltico têm recebido cada vez mais ameaças russas.
Ann Linde, ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia, escreveu esta manhã, através do Twitter, que a decisão finlandesa é “uma importante mensagem”.
O chanceler alemão fez questão de assegurar a ambos os países, parceiros da União Europeia (UE) e ligados à NATO apenas enquanto associados, o seu total apoio, se avançarem com a candidatura.
Desde 1960 que a capital da Finlândia tem escavado uma rede de abrigos e túneis subterrâneos que podem abrigar quase toda a sua população. Com o deflagrar da guerra na Europa, estes bunkers ganham agora redobrada importância.
Este é o segundo pedido de um país entregue à União Europeia. No início desta semana, Zelensky entregou o formulário oficial da Ucrânia. Esta sexta-feira, chegou a vez da Moldávia dar o passo em frente.
Maioria dos suecos são a favor da adesãoo à NATO, segundo uma sondagem publicada hoje.
“Teremos discussões muito cuidadosas, mas não levaremos mais tempo do que o necessário”, afirmou Marin, em conferência de imprensa.
Para os dois países, a invasão russa no território ucraniano causou “uma grande alteração” na vida dos países fronteiriços e também uma mudança na perceção do risco de um iminente ataque por parte do Presidente russo, Vladimir Putin.
Esta é a terceira sondagem que acontece no espaço de um mês, tendo a opinião dos finlandeses vindo a mudar.
O aumento de casos de covid-19 obrigou a Finlândia a pensar num modelo diferente para ir a votos. Em Portugal não poderia acontecer.
Decisão de Portugal de abrir exceção para pessoas infetadas poderem participar em ato eleitoral é notícia lá fora e reações dividem-se. Finlândia também vai permitir voto presencial de eleitores confinados, mas só no exterior.
Chefes de Estado tiveram conversa “amena” e “longa”.
Em causa está “risco de inflamação cardíaca”. Suécia e Dinamarca já tinham tomado decisão semelhante.