Foi o convidado do programa do Manuel Luís Goucha.
Mesmo com a certeza de que o presidente do CDS não se recandidatará à liderança do partido, Rodrigues dos Santos fez questão de esclarecer como será o seu futuro.
O líder do CDS-PP já tinha admitido, após conhecer os resultados das eleições legislativas, que não tinha condições para continuar na liderança.
CDS-PP obteve esta domingo o pior resultado da história.
Os resultados desta noite eleitoral comparam com os de 2015, em que o CDS elegeu 18 deputados ou os de 2019, ano em que conseguiu ainda cinco mandatos.
Francisco Rodrigues dos Santos mostrou-se “confiante, otimista e muito tranquilo”.
“Eu hoje estou a promover uma proposta do nosso compromisso eleitoral, é o vale-farmácia. Um cartão que paga todas as despesas na farmácia aos idosos com mais de 65 anos com as pensões mais baixas, todos os remédios ficam pagos”, declarou.
Em segundo lugar está, até agora, o debate entre Catarina Martins e Rui Rio e em terceiro o debate entre Rui Rio e André Ventura.
Acusa Rio de ter traído o centro-direita e Ventura de ser populista. Está confiante para dia 30, prometendo ressuscitar o CDS nas urnas.
Numa nota a propósito da aprovação do plano de reestruturação da companhia aérea, o líder centrista disse que “o atraso português também se verifica na teimosia com que a esquerda insiste que o serviço público só pode ser garantido por uma empresa detida pelo Estado”.
Ainda que para o líder do CDS a “lógica da coerência” estivesse na pré-coligação entre os dois partidos de direita, Francisco Rodrigues dos Santos acusou o PSD de preferir “o caminho mais difícil” para criar uma alternativa política ao Governo do PS e de António Costa.
No rescaldo da nega do PSD, Melo volta a criticar a direção centrista.
Embora Rui Rio e Francisco Rodrigues dos Santos quisessem concorrer juntos às próximas legislativas, a Comissão Política Nacional do PSD rejeita a coligação com os centristas e o líder social-democrata deverá respeitar essa decisão.
Recorde-se que o Conselho Nacional do CDS, no dia 30 de outubro, tomou a decisão de adiar o congresso eletivo do partido para depois das eleições legislativas. O congresso deveria realizar-se neste fim de semana de 27 e 28 de novembro, em Lamego.
Rodrigues dos Santos e Nuno Melo continuam o braço de ferro e Monteiro apareceu a recomendar um encontro entre ex-líderes do CDS.
“Com 31 anos propus-me a liderar o CDS e estou a dar a cara com todos eles nas televisões todos os dias a dizer cobras e lagartos de mim”, disse Francisco Rodrigues dos Santos.
Cecília Meireles vai cumprir o mandato até ao fim e deixa depois a política ativa.
Francisco Rodrigues dos Santos recordou ainda que a “vida dos partidos é dinâmica” e que já houve “fundadores a sair e ex-presidentes”.
Diz-se, por aí, que o CDS está a ver partir os seus melhores. Se estes são os melhores, nem quero imaginar como serão os outros!