“É uma diferença de 47 euros para o salário mínimo. Há dez anos a diferença era muito superior a 100 euros”.
Em causa está uma cláusula de salvaguarda hoje apresentada pelo Governo aos sindicatos da função pública para garantir que os salários são atualizados em 2022 em linha com a inflação média anual, que será apurada em 30 de novembro.
Fesap pede aos partidos “compromissos eleitorais” para a função pública. Já STE lamenta reunião “sem história” com Governo
“Mais uma vez, continuamos a ser o parente pobre do Estado porque recebemos menos do que os outros”, diz Pedro Carmo, da OSP/PSP.
Isabel Camarinha, da CGTP, considera que “a adesão massiva dos trabalhadores da Administração Pública à greve que a Frente Comum convocou é bem demonstrativa que os trabalhadores não aceitam continuar a ser tratados desta forma, sem haver valorização do seu trabalho e carreiras há uma dezena de ano”.
O líder da Frente Comum diz que o Governo “tem tempo, espaço, meios e condições” para aumentar os salários, ao afirmar que “os trabalhadores não vão ficar obviamente satisfeitos” com a proposta apresentada. Atualmente, há mais de 700 mil pessoas a trabalhar para administrações públicas.
Paralisação para exigir aumentos salariais e valorização das carreiras.
Meta que consta no programa do Executivo é chegar aos 750 euros em 2023.
O número representa um aumento de 19.792 postos de trabalho face ao ano anterior.
Também os alunos deverão estar em regime de ensino à distância, num altura em que normalmente seria de interrupção letiva.
Medida “vem corrigir uma situação de injustiça, defende associação.
Frente comum está contra proposta do Executivo.
A prioridade para 2021 será proteger os direitos e os rendimentos dos funcionários públicos «num quadro de bastante incerteza» devido à crise causada pela pandemia de covid-19.
Fesap garante que vai apelar no Parlamento para que proposta do Orçamento contemple os aumentos salariais.
Programa de Estabilização Economia e Social que aponta para um plano de entradas e saídas da administração pública com base na regra de uma entrada por cada saída.
César das Neves e Ferraz da Costa, em entrevistas ao SOL, já tinham lamentado que esta discussão estivesse a ser feita em altura de pandemia.
Secretário de Estado Lacerda Sales diz que situação salarial ficará resolvido no próximo mês de maio.
“Os trabalhadores da Administração Pública ficarão, a partir da próxima semana, em regime de teletrabalho sempre que as funções que exercem o permitam”, pode ler-se na nota.