Juíz disse que não havia qualquer inconstitucionalidade
Cabe agora a Pedro Correia decidir se os arguidos seguem ou não para julgamento no processo BES.
Inquirição vai decorrer no final de junho à porta fechada.
Fase que irá decidir se Ricardo Salgado vai ou não a julgamento ia arrancar esta segunda-feira, mas foi adiada para março.
A CMVM acusa a antiga administração de ter enganado os investidores aquando do aumento de capital do banco em 2014.
Estão em causa crimes de corrupção ativa com prejuízo do comércio internacional, branqueamento, corrupção passiva no setor privado e falsificação de documentos.
Ivo Rosa, que já tinha tido a cargo a instrução da Operação Marquês, fica responsável processo BES/GES.
A defesa do ex-banqueiro pedira a suspensão do julgamento extraído da Operação Marquês, no qual Ricardo Salgado está a ser julgado por três crimes de abuso de confiança, com base num diagnóstico de doença de Alzheimer.
“Vim a tomar conhecimento dessa empresa pelos jornais, creio que já depois de 2014” disse José Maria Ricciardi no Tribunal Criminal de Lisboa.
Bloco de Esquerda quer apurar “quem assinou um contrato ruinoso que entregou a faca e o queijo nas mãos de um fundo abutre abutre [o norte-americano Lone Star] e deixou a fatura para o Fundo de Resolução”.
É “boa notícia” que investigações continuem mesmo quando envolvem altas figuras ou magistrados.
Propriedades não foram alvo de arresto no âmbito do processo de insolvência do GES. A consultora Deloitte está agora a tentar vendê-las.
Foi criada em 2014 para travar a exposição do banco ao GES, mas documentação a que o SOL teve acesso mostra que a Comissão das Partes Relacionadas (da qual fazia parte Rita Amaral Cabral) não se opôs a operações com entidades do grupo que seriam consideradas ruinosas.
Nas inquirições da contestação ao arresto feito a José Manuel Espírito Santo as testemunhas descrevem o primo de Salgado como um relações públicas, que atraía investimento, mas que desconhecia qualquer manipulação de contas. Comissão de que fazia parte a namorada de Marcelo é uma das mais visadas e apontada como responsável por dar o ‘ok’…
A Comissão das Partes Relacionadas, de que fazia parte Rita Amaral Cabral, quase nunca foi referida publicamente, mas marcou as alegações da oposição que José Manuel Espírito Santo fez ao seu arresto.
Em causa está o empréstimo da PT à Rio Forte.
Rui Rio defende que este “silêncio é muito pesado” e quer saber se é verdade que Pinho “recebia um salário paralelo de 15 mil euros por mês”.
Num acórdão da Relação de Lisboa é referido que os pagamentos, feitos através do saco azul do GES, serviam para garantir negócios das grandes empresas estatais daquele país com o Banco Espírito Santo