O panorama político europeu está a mudar. O conceito de “aldeia global” está em declínio e as suas falhas alimentaram o crescimento das forças de direita conservadora e populista. O centro está a implodir e a vitória de Trump veio dar mais alento a esta onda ideológica.
Vários países da União Europeia apelam a uma mudança de paradigma no que à imigração diz respeito. Países nórdicos fecham-se e Meloni serve de exemplo para os restantes Estados-membros.
“Não conseguimos permitir que muitos migrantes legais viessem para Itália nos últimos anos porque entraram muitos ilegais”, declarou disse a primeira-ministra italiana, no Fórum de Migração Trans-Mediterrâneo, em Trípoli.
“Estamos nas mãos de duas mulheres que devem chegar a um acordo” disse o líder húngaro, que admite que que esta é uma “oportunidade histórica para a direita radical”.
A composição do novo Parlamento Europeu dependerá das negociações nos corredores de Bruxelas, principalmente à direita. Le Pen afasta AfD e procura juntar-se a Meloni, que será decisiva para todo o processo.
A possibilidade de uma fusão dos dois partidos mais à direita poderá fazer tremer Bruxelas, já que passaria a ser o segundo maior partido europeu. Meloni é a peça decisiva.
“Sempre me considerei um soldado e os soldados não hesitam em colocar-se na linha da frente quando necessário”, disse Meloni, na conferência dos Irmãos de Itália, partido de extrema-direita que lidera, em Pescara, Itália.