A crise nos bancos veio trazer uma nova importância às comissões parlamentares de inquérito. Mesmo assim, há quem considere que deveriam ter outros moldes para não serem tão enviesadas politicamente. Francisco Louçã e Maria de Belém propõem soluções.
Álvaro Sobrinho era accionista da holding do Grupo Espírito Santo, a Espírito Santo International, mas saiu do capital da empresa entre o final de 2012 e o início de 2013.
O ex-presidente do BESA apresentou hoje aos deputados da comissão de inquérito ao BES uma evolução do crédito concedido pela instituição angolana após a sua saída em Junho de 2012.
Álvaro Sobrinho afirmou hoje que “o BES e o GES chegaram a ter depósitos de seis mil milhões de dólares durante anos”.
A Assembleia da República decidiu suspender os trabalhos da comissão que investiga a gestão do BES e do GES.
A aquisição por Portugal de dois submarinos alemães disponibilizou aos quatro arguidos e a membros do Grupo Espírito Santo 27 milhões de euros, mas o Ministério Público não conseguiu obter provas sobre os fluxos financeiros e arquivou o caso.
Álvaro Sobrinho garante que não recebeu qualquer crédito do BES Angola que presidiu durante 10 anos e desconhece o destino do sinal pago pela venda da Escom, que nem chegou a concretizar-se.
O ex-presidente do BES Angola (BESA) garantiu hoje no Parlamento que uma acta do banco revelada no Verão pelo Expresso, que apontava para um elevado volume de crédito malparado e levantamentos em numerário, tem “conteúdos que não são verdadeiros”.
Álvaro Sobrinho, ex-presidente do BESA, defende que as questões relacionadas com o seu vencimento no BESA não são objecto de análise da comissão de inquérito parlamentar ao colapso do Grupo Espírito Santo. Ainda assim, disse-se disponível para responder se a mesma questão for colocada a outros depoentes da comissão.
O ex-administrador do BES Pedro Mosqueira do Amaral lamentou hoje em nome pessoal e em nome da família que representa os prejuízos materiais e danos morais causados pela “tragédia” que foi o colapso do banco e do Grupo Espírito Santo (GES).
Já se sabia que a relação entre Ricardo Salgado e o empresário Pedro Queiroz Pereira andava pelas ruas da amargura. Mas o tom de confronto atingiu hoje um novo patamar, na comissão de inquérito ao caso BES.
O empresário Pedro Queiroz Pereira confessou no Parlamento que as dificuldades no Grupo Espírito Santo eram do seu conhecimento há vários anos e acredita que os “problemas eram resolvidos com muita imaginação”. E, tal como José Maria Ricciardi, confessa ter muitas dúvidas que Ricardo Salgado “não soubesse de nada”.
A inquirição de Ricardo Salgado, na comissão parlamentar de inquérito ao BES durou 10 horas. O SOL acompanhou os trabalhos em permanência.
O antigo presidente do BES rejeitou que alguma vez tivesse sido o Dono Disto Tudo – uma expressão com que era classificado em alguns círculos financeiros e políticos na última década.
Ricardo Salgado foi hoje confrontado com o negócio dos submarinos comprados pelo Estado português à Alemanha, intermediado pelo Grupo Espírito Santo através da Escom, e as gravações do Conselho Superior onde a família discute discrepâncias nos pagamentos de comissões e o antigo presidente do BES desabafa que a família estava “rodeada de aldrabões”.
O antigo presidente do Banco Espírito Santo leu uma longa intervenção no início da comissão parlamentar de inquérito onde está esta terça-feira a prestar declarações.
O ex-presidente do BES Ricardo Salgado começou a audição com um provérbio chinês: “O leopardo quando morre deixa a sua pele, um homem quando morre deixa a sua reputação”. E é nessa missão que Salgado está a trabalhar, disse aos deputados.
Ricardo Salgado está hoje a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES.