O Presidente bielorrusso falava durante uma visita à região de Brest, em reação às declarações do primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, e manifestou preocupação sobre o destacamento de cem mercenários do grupo paramilitar russo perto da fronteira.
A inteligência militar do Reino Unido estimou que existe um acampamento do Wagner na cidade de Tsel, na zona centro e a cerca de 75 quilómetros a sudeste de Minsk.
Estas manobras fazem parte da promessa do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, que se comprometeu a ajudar a proteger a Bielorrússia para a eventualidade de uma invasão.
O ministério acrescentou que os recrutas estão a ser instruídos, entre outras funções, “nas técnicas de deslocamento no campo de batalha e de tiro tático”.
As autoridades bielorrussas reforçaram que “estão a ser concluídos os preparativos” para a chegada de soldados russos para tarefas de “coordenação de combate” e treino, uma colaboração a nível militar entre Moscovo e Minsk.
Enquanto o Kremlin afirmava que o líder do grupo Wagner se encontrava na Bielorrússia, o Presidente bielorrusso veio revelar nesta quinta-feira que Prigozhin está na Rússia.
Prigozhin estaria na Bielorrússia desde 27 de junho por comum acordo.
Os anúncios de emprego da Wagner atingiram quase 120 mil visualizações e falam em salários mensais de 240 mil rublos (2.800 euros) com benefícios, incluindo seguros e cuidados de saúde.
No domingo, depois do anúncio sobre a “tomada total” de Bakhmut, ao fim de 10 meses de combates, o empresário já tinha dito que os combatentes do grupo Wagner iam retirar-se a partir de quinta-feira.
Desde o início da guerra, Prigozhin, apesar de ser um aliado do Presidente Vladimir Putin, tem sido um duro crítico do estado-maior russo e do ministro da Defesa, Serguei Shoigu, considerando que estes falharam no objetivo da desmilitarização da Ucrânia.