“Não podemos correr o risco de as vítimas voltarem a ser vítimas”, disse D. Américo Aguiar.
Em causa estão um sacerdote de São Miguel e outro da ilha Terceira.
Audição proposta pelo PS, PSD e Chega, foi aprovada por unanimidade.
“O que se esperava era um bocadinho mais do que simplesmente uma assunção de responsabilidades e um pedido de desculpas”.
Reunião apontou “linhas futuras de atuação”.
Em conferência de imprensa, José Ornelas, presidente da CEP, pediu mais uma vez desculpas às vítimas, agradecendo também àquelas que “deram o seu testemunho ao longo do último ano e, em muitos casos, a um silêncio guardado durante décadas” e anunciaram um “gesto público no próximo mês de abril”, em Fátima, em sua homenagem.
“Bispos encobridores, a existirem, retirem-se de funções” e “Todos os abusadores que estejam atualmente ao serviço da Igreja sejam suspensos com caráter preventivo sempre que haja indícios minimamente credíveis sobre abusos”, são algumas das diretrizes que os signatários de uma carta aos dirigentes do clero querem ver impostas.
O anúncio da cisão na Igreja Anglicana por causa da bênção de casais do mesmo sexo agitou ainda mais as águas da Igreja Católica. Em Portugal, a CEP vai dizer hoje o que vai mudar para prevenir casos de pedofilia na instituição.
Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa reconhece que os resultados não podem ser ignorados.
Nasceu em 1968 e com 25 anos foi ordenado sacerdote. Não gosta de ser apelidado de conservador e nesta entrevista fala sobre os sacrifícios que alguns católicos se autoinfligem e explica por que não os condena. Não se escandaliza com o fim do celibato dos padres, mas é contra a ordenação das mulheres.
A História da Igreja é rica em períodos de tensão máxima, que redundaram muitas vezes em conflitos ideológicos e banhos de sangue.
Uns querem que os padres se possam casar, que as mulheres possam ser ordenadas e que a comunidade homossexual tenha os mesmos direitos. Outros são contra, e cada vez mais se fala numa cisão.
Anastácio chegou à PGR de Lisboa acompanhado dos seus advogados, mas acabou por ser informado que teria de se entregar no tribunal responsável pelo seu caso, localizado na ilha da Madeira, tendo ficado em liberdade.
Líder da Igreja considera que renúncia de Bento XVI foi uma exceção. Sobre a carta que o próprio Sumo Pontífice escreveu, dois meses após a sua nomeação como Papa, Francisco explica que foi apenas por precaução.
As ministras da Justiça e do Trabalho vão reunir-se com a comissão, porque “há um conjunto de lições a tirar”.
Chefe de Estado afirma que a Igreja “tem um dever ético de responder, de se responsabilizar e esse dever foi assumido”.
Culpa, medo, silêncio. São estas algumas das palavras-chave que descrevem a jornada das milhares de pessoas que, desde 1950, foram abusadas no interior da Igreja.
Pico dos abusos foi entre os anos 60 e os 90 e quase metade das vítimas só falou pela primeira vez agora.